09.03.2012 - 08:18 Por Agências
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Seca agrava situação de emergência no fornecimento de alimentos (Foto:
Javier Gonzalez/AFP)
A organização humanitária Oxfam alerta para a necessidade de uma
acção imediata na região africana de Sahel – uma grande faixa de terra
que se estende do Senegal até à Eritreia, numa espécie de corredor que
separa o deserto do Saara e as terras mais férteis do sul, ligando o
Atlântico ao Mar Vermelho – devido à seca extrema e à fome.
A Oxfam diz que a situação no terreno é já um desastre humanitário que
põe em risco a vida de cerca de 13 milhões de pessoas.
Pedindo ajuda à comunidade internacional, a Oxfam pretende agora
reunir 36 milhões de dólares para tentar ajudar pelo menos um milhão
de seres humanos, entre aqueles que estão já mais vulneráveis à seca e
à fome.
A Oxfam indicou ainda que a fome está a atingir países como o Chade,
Burkina Faso, Mali, Mauritânia, Níger e Senegal (norte). Nestes países
as taxas de malnutrição cifram-se entre os 10 e os 15% e, em algumas
áreas, essa percentagem subiu para lá dos 15% – além do limiar do
nível de emergência.
No total, mais de um milhão de crianças da região de Sahel estão em
risco de sofrerem de malnutrição.
A Oxfam explica ainda que a seca, os altos preços da comida, a pobreza
e os conflitos regionais são os grandes responsáveis por esta crise
humanitária.
"Todos os indícios apontam para que a seca se transforme numa
catástrofe se não nada for feito em breve. O mundo não pode permitir
que isto aconteça. É preciso um esforço concertado para evitar que
centenas de milhares de pessoas morram devido à complacência
internacional", disse Mamadou Biteye, director regional da Oxfam para
a África Ocidental.
Mamadou Biteye frisou ainda que a comunidade internacional terá de ser
rápida a responder a esta catástrofe iminente a fim de se evitar
mortes desnecessárias como as que aconteceram durante o ano passado,
quando milhares de pessoas morreram de fome na costa leste de África.
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