quarta-feira, 25 de julho de 2012

Prejuízos provocados pelo incêndio em Tavira ultrapassam dez milhões de euros

Lusa
24 Jul, 2012, 16:19 / atualizado em 24 Jul, 2012, 18:08

O incêndio que na última semana afetou o concelho de Tavira provocou
prejuízos superiores a dez milhões de euros, de acordo com uma
avaliação preliminar levada a cabo pela autarquia local.
"Nas primeiras projeções que a câmara já tem do terreno, os prejuízos
são avultadíssimos", afirmou hoje o presidente da Câmara Municipal de
Tavira, Jorge Botelho, no final de uma reunião com a comissão
interministerial para o apoio às vítimas dos fogos florestais, que
decorreu hoje em Lisboa.


De acordo com o autarca, os prejuízos são "superiores a uma dezena de
milhões de euros, nesta primeira análise preliminar".

"Mas seguramente será superior na conjugação das várias vertentes,
porque estamos a falar só para o concelho de Tavira", acrescentou.

O autarca referiu ainda que o valor de área ardida representa "cerca
de um terço do território do concelho".

Na reunião de hoje, esteve também presente o presidente da Câmara de
São Brás de Alportel, o outro concelho algarvio afetado na semana
passada pelo fogo.

"Com uma avaliação prévia posso falar, em bens particulares e
privados, diretamente ligados ao edificado, num valor de 1,5 milhões
de euros, em termos florestais valores superiores a 13 milhões de
euros, caso fosse este o ano de tirar a cortiça, principal bem
económico destas famílias", afirmou António Eusébio.

De acordo com o autarca, naquele concelho "foram afetadas mais de 60
famílias, mais de cem pessoas, diretamente por este fogo florestal".

António Eusébio adiantou ainda que foram contabilizadas "dez
habitações permanentes ardidas, 14 habitações parcialmente queimadas e
várias dezenas de anexos, bem como algumas viaturas e bens móveis"
destruídos pelo fogo.

O incêndio da Serra do Caldeirão deflagrou cerca das 14:00 de
quarta-feira em Catraia, na freguesia de Cachopo, concelho de Tavira,
tendo alastrado até ao concelho de São Brás de Alportel.

As chamas só foram dominadas ao final da tarde de sábado, depois de um
prolongado combate que chegou a mobilizar mais de 1.100 operacionais,
13 meios aéreos e mais de duas centenas de veículos.

A Proteção Civil admitiu nesse dia que o rescaldo se poderia prolongar
por vários dias.

Na segunda-feira, o ministério da Administração Interna anunciou ter
pedido à Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) que apresente
até ao dia 10 de agosto um "relatório pormenorizado" sobre os
incêndios florestais que ocorreram no Algarve.

Num comunicado divulgado pela tutela, esclarece-se que o ministro
Miguel Macedo assinou na segunda-feira um despacho em que se solicita
"uma análise dos meios humanos e materiais envolvidos, bem como das
fases de empenhamento dos mesmos, do grau de desempenho dos meios
empregues durante as várias fases e ainda de eventuais dificuldades ou
falhas na coordenação e avaliação dos meios envolvidos na operação, a
cada momento".

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=573459&tm=8&layout=121&visual=49

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