21-03-2013
O Copa-Cogeca acolheu favoravelmente o acordo alcançado pelos
ministros da Agricultura da União Europeia sobre o mandato de
negociação referente à futura política agrícola comum.
A organização insiste que o pacote final do mês de Junho deva incluir
medidas mais práticas e ambiciosas. Efetivamente, é vital que assim
seja de forma a assegurar a viabilidade económica e a sustentabilidade
do sector agro-alimentar.
O secretário-geral do Copa-Cogeca, Pekka Pesonen, declarou que «no
acordo, as medidas destinadas a uma política agrícola comum (PAC) mais
"verde" são mais flexíveis que o pacote original. Este é um passo na
direcção certa, porque quando a procura alimentar está a aumentar,
deve incluir-se a decisão dos chefes de Estado de não retirar terras
de produção no documento final das medidas adoptadas pelos ministros,
a Comissão Europeia e os eurodeputados no próximo mês de Junho».
Pekka Pesonen assinala que a decisão dos ministros em manter o
pagamento único por superfície, tendo em conta a sua importância para
os novos Estados-membros, aumentar o número de produtos para o
reconhecimento das organizações de protutores (OP), tendo em conta que
é de vital importância consolidar a posição dos agricultores na cadeia
alimentar, reforçando as OP e cooperativas para que os agricultores
consigam melhores rendimentos de mercado.
Contudo, acrescenta Pesonen, é dececionante verificar que as quotas de
açúcar não foram prorrogadas até 2020, pelo que o responsável solicita
que se inclua esta decisão no acordo de Junho, para que os produtores
disponham de tempo suficiente de adaptação.
Pekka Pesonen destacou ainda positivamente a iniciativa da presidência
irlandesa em incluir as conclusões do Grupo de Alto Nível sobre as
futuras ferramentas para a gestão do sector vitícola no pacote da PAC,
mostrando-se satisfeito pelo facto do novo sistema não começar a
aplicar-se antes e um de Janeiro de 2019, pelo que é crucial examinar
a questão do período de tempo do regime, porque o sector vitícola
necessita de estabilidade e não deve exceder os cinco por cento da
taxa de crescimento anual.
No que diz respeito à política de desenvolvimento rural, Pesonen
elogiou a maior flexibilidade para os critérios de delimitação das
zonas desfavorecidas, considerando positivo o aumento da taxa de
investimentos na tecnologia florestal e que os ministros tenham
reconhecido que as florestas são um grande contributo para o
"greening".
Em resumo, o presidente do Copa-Cogeca elogiou a presidência irlandesa
pelo seu trabalho e deu uma palavra de incentivo para manter os seus
esforços para que a nova PAC possa ser aplicada em pleno em 2015. «A
PAC é vital, não apenas para o fornecimento alimentar de alta
qualidade, mas também para o crescimento, emprego e ambiente, já que é
o factor chave das economias das zonas rurais», concluiu Pesonen.
Fonte: Copa-Cogeca
http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia45993.aspx
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