Portugal foi o país do Mediterrâneo com o maior número de incêndios
florestais e área ardida entre 2006 e 2010, indica um relatório da ONU
publicado hoje por ocasião do Dia Internacional das Florestas.
O relatório "O Estado das Florestas do Mediterrâneo 2013" adianta que
em Portugal, entre 2006 e 2010, arderam 344.710 hectares, dos quais
112.636 hectares correspondem a espaços florestais, significando que
Portugal é o país que relata o maior número de fogos.
O documento da Organização das Nações Unidas para Alimentação e
Agricultura (FAO) sublinha igualmente que Portugal apresenta a maior
área ardida em 2010 com 127.891 hectares.
"Apesar de Portugal ter tido o maior número de incêndios florestais e
maior área ardida no Mediterrâneo, o tamanho médio de fogos foi
relativamente baixo, possivelmente relacionado com as medidas de
intervenção eficazes", refere o relatório.
Segundo o documento, Portugal, Espanha, Grécia e Itália são os quatros
países responsáveis por quase 80 por cento do total da área queimada
entre 2006 e 2010 no mediterrâneo.
Porém, Portugal e Espanha foram os responsáveis por mais de 50 por
cento do total da área ardida.
A FAO diz também que metade dos incêndios florestais em Portugal tem
origem desconhecida e a outra metade divide-se em negligência ou
acidental.
No entanto, alerta para a necessidade das regiões do Mediterrâneo
melhorarem o conhecimento e a informação sobre as causas dos incêndios
e realizarem mais investigações depois dos fogos, tal como a Comissão
Europeia tinha sugerido em 2011.
A FAO refere ainda no relatório que o fogo é uma das causas da
degradação florestal na região do Mediterrâneo.
Diário Digital com Lusa
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=622469
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