quinta-feira, 26 de maio de 2011

Floresta: Operadores florestais vão passar a ter de declarar origem e destino da madeira que cortam

Lisboa, 25 mai(Lusa) -- Os operadores florestais vão ter de passar a
declarar a origem da madeira que é cortada e o destino, uma medida
acordada hoje entre o Governo e empresas do sector para prevenir a
propagação do nemátodo do pinheiro.
Em declarações à agência Lusa o porta-voz da Associação das Indústrias
de Madeira e Mobiliário de Portugal (AIMMP), revelou que a medida foi
decidida esta tarde numa reunião que decorreu na secretaria de Estado
das Florestas, com a presença da Associação de Empresas Florestais, da
Autoridade Florestal Nacional, do diretor-geral da Agricultura e da
GNR.

"A partir de agora as indústrias do setor vão exigir um manifesto de
corte aos operadores florestais. Sempre que houver um corte terá de
ser declarada a origem e o destino que irá ser dado à madeira. Desta
forma haverá um controlo mais efetivo", explicou.
Além desta medida o AIMMP pretende que seja mantida uma zona tampão ao
longo de toda a linha de fronteira, assim como a introdução de
corredores fitossanitários para controlo da madeira que atravessa essa
área.
No entanto, segundo o AIMMP ainda não foi encontrado um consenso para
estas propostas que continuarão a ser discutidas em futuras reuniões.
A 21 de abril o Conselho de Ministros aprovou um decreto-lei que
estabelece medidas extraordinárias para controlar o inseto vetor do
nemátodo e evitar a dispersão da doença.
O decreto-lei prevê, entre outras medidas, a obrigatoriedade de
registo de todos os operadores económicos envolvidos na exploração
florestal de coníferas, bem como dos operadores económicos que
procedem ao fabrico, tratamento e marcação de material de embalagem de
madeira e tratamento de madeira de coníferas.
Estabelece ainda exigências específicas relativas ao abate, circulação
e armazenamento de coníferas hospedeiras, e define as medidas
relativas ao tratamento de madeira e material de embalagem de madeira,
a par das restrições à sua circulação no território nacional e à sua
expedição para outros países.
A semana passada a Confederação Nacional da Agricultura(CNA) criticou
as medidas governamentais para combater o nemátodo do pinheiro,
prevendo que diversas doenças acabem por "dizimar a floresta de uso
múltiplo".
FYS/CSS/FF.
Lusa/fim.
http://sicnoticias.sapo.pt/Lusa/2011/05/25/floresta-operadores-florestais-vao-passar-a-ter-de-declarar-origem-e-destino-da-madeira-que-cortam

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