sexta-feira, 27 de maio de 2011

Grândola testa sistema inovador em Portugal para detectar fogos florestais

27-05-2011

Um sistema inovador de videovigilância para detectar e apoiar o
combate a incêndios florestais vai ser testado em Grândola, através de
uma câmara, montada num posto de vigia, que transmite o alarme para a
central.
«É um sistema de videovigilância florestal que tem como base a
detecção de incêndios florestais» e «ainda não foi experimentado em
Portugal», realçou hoje à Agência Lusa Ricardo Campaniço, vereador da
Protecção Civil no município de Grândola.

Este projecto-piloto de protecção e defesa da floresta, fileira com
grande importância económica no concelho alentejano de Grândola, já
está implementado e o seu funcionamento vai ser atestado, no terreno,
durante a época de incêndios deste ano.
O sistema foi apresentado publicamente quarta-feira, numa sessão nos
Paços do Concelho, no âmbito da 6.ª Semana da Protecção Civil, que
decorre em Grândola, até ao próximo sábado.
Trata-se de uma «solução diferenciadora», que permite «supervisionar
zonas geográficas muito extensas em cenário de escassez de meios
humanos» e que aumenta e complementa os programas de combate já
existentes, afiança o município.
«A grande mais-valia deste sistema, que pretendemos ver na prática se
funciona, é a detecção imediata de um incêndio florestal em sítios de
difícil acesso, em zonas desertificadas e de serra», disse o vereador.
Para esta experiência, explicou, foi instalada uma câmara num posto de
vigia na serra de Grândola, a qual «comunica directamente com a
central», seja nos bombeiros locais, seja nos serviços municipais de
protecção civil.
«A câmara detecta um incêndio ao fazer um contraste de imagens,
comparando entre as que está a captar com as anteriores. Depois,
comunica para a central, que avança com todo o processo de alarme»,
referiu.
Segundo Ricardo Campaniço, para a apresentação deste sistema foram
convidadas entidades envolvidas na prevenção e combate aos fogos
florestais, como os bombeiros, GNR, produtores florestais e
associações representativas da fileira.
Se o projecto se revelar, efectivamente, como, «uma mais-valia
evidente» para a protecção e prevenção de incêndios florestais,
poderão estar «reunidas as condições» para que particulares ou
entidades públicas o decidam utilizar.
O vereador realçou ainda o interesse do projecto num concelho que
possui «um potencial enorme» e um «património único» em termos
agro-florestais.
«Produz-se aqui uma das melhores cortiças do mundo» e, em conjunto com
Alcácer do Sal, o concelho tem «a maior mancha de pinhal manso da
Europa», lembrou.
Fonte: Lusa
http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia40049.aspx

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