26-05-2011
O Governo ucraniano eliminou as quotas de exportação de cereais
introduzidas em Outubro de 2010, segundo o ministro de Agricultura da
Ucrânia.
As quotas, superiores a dois milhões de toneladas de milho e 500 mil
de trigo e cevada m respectivamente, já tinham sido prorrogadas até o
Verão e foram implementadas para impedir que a exportação provocasse a
escassez de cereais no mercado doméstico, depois da redução de
colheita devido à seca que atingiu o país.
A colheita começa dentro de cerca de três semanas, que em conjunto com
a capacidade limitada de armazenamento vai promover a saída para o
mercado de cereal antigo, em especial de trigo para rações. A procura
de milho vai sentir a forte concorrência deste trigo para a
alimentação animal, sobretudo na Ásia, onde a Ucrânia é o principal
fornecedor.
A notícia de levantamento das quotas ucranianas teve um efeito
imediato na Bolsa de Chicago, reduzindo o preço dos futuros, tanto
para o milho como para o trigo e soja. A influência nos preços
verificou-se ao longo do último semestre de 2010, já que segundo a
ITAR-TASS, até ao final de 2012 as exportações de cereal podem vir a
registar um aumento de 10 a 20 milhões de toneladas, subindo a oferta
mundial de cereais.
No entanto, ao mesmo tempo que o governo ucraniano removeu as quotas,
considera a introdução de taxas à exportação fixadas entre 9 a 14 por
cento, medida que pode vir a ser aplicada desde o dia 1 de Junho de
2012.
Os exportadores acreditam a entrada em vigor destas taxas seja adiada
para 1 de Julho, para que sem quotas e sem taxas seja possível
exportar grande quantidade do cereal armazenado.
À semelhança da Ucrânia, a Rússia também estabeleceu a partir de
Agosto de 2010 e uma medida para evitar a escassez de cereais no
mercado interno, proibindo a exportação, mas ainda em vigor até ao
final do ano.
De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA),
esta não se justifica tendo em conta as previsões e consumo de cereais
na Rússia para a campanha de comercialização de 2012, que indicam uma
produção de seis a sete milhões de toneladas que deveriam ser
dirigidas para a exportação, já que os armazéns estão sobrecarregados,
correndo o risco de o cereal apodrecer nos campos.
Fonte: Agrodigital
http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia40045.aspx
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