domingo, 4 de março de 2012

CNA acusa Governo de minimizar problema da seca

Organização de agricultores reclama medidas excepcionais de apoio


Edição de 2012-03-01

A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) reclamou em comunicado
medidas excepcionais que compensem os agricultores pelos prejuízos
causados pela seca, considerando que o governo está a subestimar "a
gravidade da situação".

Em comunicado a CNA apresentou uma lista de problemas causados pela
seca que ameaçam a agricultura, entre os quais os problemas no cultivo
de cereais, a escassez de pastos para os animais e o reduzido nível de
água no solo e subsolo.

Além destas consequências naturais, a CNA sustenta que existem
dificuldades de escoamento de produtos, como batatas, azeite e vinhos,
uma situação que é agravada pelos baixos preços pagos aos produtores.

Para minimizar os problemas, os agricultores têm apostado na rega
mecânica e na compra de fenos, palhas e rações para a alimentação do
gado, o que lhes provocam encargos acrescidos.

Salientando que a produção nacional depende em grande parte do governo
português, a CNA apresentou algumas soluções de combate à seca como o
levantamento dos prejuízos região a região, a reposição da Ajuda à
Electricidade Agrícola e aumento do "benefício fiscal" para o gasóleo
"verde" e as ajudas a fundo perdido para os pequenos e médios
agricultores e para compra de alimentação para os gados.

A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, afirmou numa reunião com
o seu homólogo espanhol, no dia 13 de Fevereiro, que "Portugal está em
seca com graus variados em todo o território" e lembrou que já foi
criada uma "task force" para identificar eventuais prejuízos.

Contudo, sublinhou que Portugal tem "esperança de que comece a chover
e as coisas se possam resolver".

A dificuldade que se começa a sentir por parte dos Produtores
Pecuários e as suas Organizações no controlo de doenças de gado, que
já pagam, em média, mais de metade dos altos custos da Sanidade
Animal, é outro problema apontado pela CNA.

A CNA defendeu que "o Ministério da Agricultura e o Governo têm
atrasado muito o pagamento dos seus compromissos nesta matéria da
Sanidade Animal que põe em causa a Sanidade Animal e o esforço que os
Produtores Pecuários têm vindo a fazer ao longo dos anos para
controlarem as doenças dos gados".

"A falta de verba em Orçamento de Estado, devido aos 'cortes', ao pôr
em causa a Sanidade Animal põe também em causa a própria Saúde
Pública", acrescentou.

http://semanal.omirante.pt/noticia.asp?idEdicao=&id=81452&idSeccao=8952&Action=noticia

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