quarta-feira, 7 de março de 2012

Indústria cervejeira quer mais produção de cevada nacional

O presidente da Associação Portuguesa de Produtores de Cerveja (APPC)
desafiou hoje os agricultores a cultivarem mais cevada para a
indústria nacional e considerou que o regadio cria novas oportunidades
para o desenvolvimento desta matéria-prima.

António Pires de Lima adiantou que a indústria cervejeira nacional
precisa de cerca de cem mil toneladas anuais de cevada, mas nos
últimos dois anos só 30 a 40 por cento da cevada usada para produzir
cerveja foi cultivada em terra portuguesas.
A queda da produção de cevada, face aos anos de 2007 e 2008, em que
cobria cerca de 60 por cento das necessidades da indústria
justifica-se com os efeitos climatéricos, mas também pela falta de
incentivos a esta cultura [cevada dística], segundo Pires de Lima.
"Acho que valia a pena criar alguns incentivos, nomeadamente nas novas
terras de regadio que estamos a conquistar no Alentejo e no Ribatejo
para que quase toda a produção possa ser feita em terras portuguesas",
afirmou o também presidente da Unicer, acrescentando que já lançou
"este desafio" à ministra da Agricultura.

O presidente da APPC lembrou que existem cerca de cem mil hectares de
terra cultivável "que não estão a produzir nada", destacando ainda "o
investimento enorme no Alqueva" que está a potenciar o regadio,
permitindo aumentar em três a quatro vezes a produtividade da cevada
dística face ao sequeiro.
Para Pires de Lima, trata-se de uma "oportunidade para criar riqueza"
e de um "desafio" que a indústria está disponível "para abraçar em
colaboração com os agricultores portugueses".
Diário Digital com Lusa
http://dinheirodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=176643

Sem comentários:

Enviar um comentário