segunda-feira, 5 de março de 2012

FAO: Organizações agrícolas são ferramentas essenciais para o progresso social e económico

02-03-2012

As organizações de produtores e as cooperativas são cruciais para
reduzir a fome e a pobreza, permitindo aos pequenos agricultores
desempenharem um papel mais importante para satisfazer a crescente
procura de alimentos nos mercados locais, nacionais e internacionais,
e ao mesmo tempo melhorar as suas próprias oportunidades económicas,
sociais e políticas.
Este reflexão é o fio condutor de diversos estudos de casos que surgem
na nova publicação da Organização das Nações Unidas para a Agricultura
e Alimentação (FAO) e o Fundo Internacional de Desenvolvimento
Agrícola (FIDA).

A publicação sobre boas Práticas na criação de instituições rurais
inovadoras para aumentar a segurança alimentar inclui um prefácio
assinado pelo director da FAO, José Graziano da Silva, e o presidente
do FIDA, Kanayo F. Nwanze, e lançado, pela ocasião do Ano
Internacional das Cooperativas, é constituído por 35 casos de
inovações institucionais bem sucedidas que habilitaram os pequenos
agricultores e contribuiu para a segurança alimentar em diversas
regiões do mundo.
«Para serem completamente produtivos, os pequenos agricultores,
pescadores, criadores de gado e utilizadores das florestas nos países
em desenvolvimento têm grande necessidade de serviços que não se
encontram nas zonas rurais», assinalaram os dois responsáveis no
documento, sublinhando que «existe a necessidade de reconhecer o papel
fundamental destas organizações e mecanismos institucionais inovadores
para serem mais eficazes nos esforços de redução da pobreza e melhoria
da segurança alimentar», referiram ainda.
Os estudos descrevem alguns dos serviços e recursos que estes
mecanismos e novos modelos de participação público-privada podem
oferecer aos pequenos produtores, os quais incluem o acesso e a gestão
dos recursos naturais, o fornecimento de factores agrícolas, como
sementes e equipamentos, permitir o acesso aos mercados, melhorar a
informação e a comunicação e a ajuda aos pequenos produtores para que
sejam reconhecidos nos processos de tomada de decisões.
As escolas de campo para agricultores desenvolvidas pela FAO na Ásia e
posteriormente na África, permitiram a milhões de pequenos
agricultores analisar os seus sistemas de produção, identificar as
dificuldades e oportunidades, encontrar soluções e adoptar novas
práticas que melhorem os seus meios de subsistência e, ao mesmo tempo,
a segurança alimentar.
As organizações agrícolas na Índia e África Ocidental têm vindo a
ajudar os seus membros a obter créditos a curto prazo através de um
"sistema de recibos de armazenagem", como forma de garantia, os quais,
em colaboração com instituições ligadas às macrofinanças,
proporcionaram instalações de armazenamento para os produtos
agrícolas.
Alguns dos estudos de casos também demonstram a importância de
incorporar os jovens nas organizações de pequenos agricultores e nos
processos de tomada de decisões.
Ao destacar os factores de sucesso para que as organizações de
pequenos produtores prosperem, estas boas práticas podem permitir aos
profissionais de desenvolvimento e a outras partes implicadas a
adquirirem as mesmas e reproduzi-las em vários países.
A FAO espera que os responsáveis políticos e os profissionais do
sector nos países em desenvolvimento aproveitam estes estudos para
aumentar acções inovadoras e pertinentes entre as partes interessadas,
de forma a contribuírem para a implementação de estratégias efectivas
de segurança alimentar e desenvolvimento rural.
Por último, a FAO considera que as organizações de produtores e os
vínculos a outras não governamentais, a comunidade científica e os
agentes públicos e privados também ajudam os pequenos agricultores,
tanto os homens como as mulheres, a expressar as suas preocupações e
interesses de forma a influenciar os processos de formulação de
políticas.
Fonte: Agrodigital
http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia43508.aspx

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