domingo, 4 de março de 2012

Eurodeputados do PSD questionam Bruxelas sobre ajudas

SECA
por Lusa02 Março 2012

Fotografia © Steven Governo / Global Imagens
Dois eurodeputados do PSD questionaram hoje a Comissão Europeia sobre
quais os mecanismos e fundos europeus que a União Europeia pode
disponibilizar para fazer face aos prejuízos resultantes da seca
extrema, que afeta 5% do território.
Os eurodeputados José Manuel Fernandes e Maria do Céu Patrão Neves
pediram, numa pergunta prioritária enviada à "Comissão Barroso", que
tenha uma "atenção especial para os efeitos da situação de seca
extrema que se verifica em Portugal", destacando, segundo um
comunicado, "os prejuízos irreversíveis ao nível da agricultura".
José Manuel Fernandes pediu também a intervenção da Comissão Europeia
no apoio aos agricultores.

"Para além dos prejuízos patrimoniais decorrentes dos incêndios, a
falta de chuva está a colocar os agricultores portugueses numa
situação precária, nomeadamente pela falta de pastagens para alimentar
o gado, com risco de perdas totais plantações de cereais e, ainda, com
a necessidade de despesas extras para regar culturas de regadio",
referem os eurodeputados do PSD.
José Manuel Fernandes e Maria do Céu Patrão Neves questionaram a
Comissão Europeia sobre que "medidas de carácter preventivo e
respetivo apoio" poderão minimizar os prejuízos resultantes da seca.
Querem ainda saber que "mecanismos existentes estão ao alcance dos
Estados-Membros para compensação dos danos resultantes dos fogos",
assim como medidas de carácter preventivo para evitar os incêndios.
A atual seca é menos grave do que a última ocorrência do fenómeno, em
2005, segundo o primeiro relatório do Ministério da Agricultura, que
não prevê limitações no abastecimento de água e na rega dos principais
terrenos de regadio público.
Até 15 de fevereiro, cinco por cento do país estava em seca extrema e
70 por cento em seca severa enquanto "em 2005, nesta altura, cerca de
metade do território estava em seca severa e a outra em seca extrema",
lê-se no primeiro relatório do grupo de trabalho de acompanhamento e
avaliação da seca 2012 que foi hoje divulgado.
O mês de fevereiro registou mais fogos florestais do que os meses de
agosto do ano passado, segundo o relatório provisório de incêndios
florestais de 2011 da Autoridade Florestal Nacional (AFN) e dados da
Protecção Civil.
O relatório da AFN, datado de 31 de outubro de 2011, refere que em
agosto deflagraram 3.982 incêndios florestais, enquanto a Autoridade
Nacional de Protecção Civil (ANPC) registou, em fevereiro deste ano,
4.186 fogos, valor também muito próximo das ocorrências de julho de
2011 (4.342).
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=2338212&page=-1

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