segunda-feira, 5 de março de 2012

Seca: Concelho de Peniche é o mais afectado na região de Lisboa e Vale do Tejo

sexta-feira, 2 de Março de 2012 | 15:05
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O concelho de Peniche, sobretudo na cultura de batata, foi o mais
afetado da região de Lisboa e Vale do Tejo devido às geadas registadas
este inverno, segundo o 1.º relatório do grupo de acompanhamento e
avaliação dos impactos da seca 2012.
A geada que caiu em fevereiro na localidade Ferrel, no concelho de
Peniche, destruiu toda a plantação de batata da freguesia e levou os
agricultores locais a pedir apoios ao Governo.
O relatório divulgado na quinta-feira à noite pelo Ministério da
Agricultura diz respeito a 15 de fevereiro quando 70% do território do
continente estava em seca severa e 5% em seca extrema em zonas do
litoral norte e Douro.

O grupo referiu ter passado o risco, verificado em janeiro, de uma
rebentação precoce e irregular das culturas arbóreas e arbustivas.
A chuva registada entre outubro e dezembro e as temperaturas acima do
normal em janeiro "permitiram um crescimento normal das culturas de
sequeiro nesta região", mas atualmente é bastante fraco o
desenvolvimento das forrageiras anuais e dos prados e pastagens.
Devido ao recurso a rações industriais e ao encarecer da produção, os
produtores têm tentado vender mais cabeças de gado por parte, enquanto
os compradores manifestam menor interesse na compra de animais e a
oferecem a preços mais reduzidos.
As sementeiras mais recentes dos cereais de outono/inverno germinaram
pior por causa da crosta superficial que se formou nos solos e os
produtores, entretanto, desistiram de fazer as sementeiras.
No caso da aveia e do centeio estima-se uma manutenção da área em
relação ao ano anterior e uma redução de 5 a 10% no trigo e de 10% no
triticale. A quebra de produtividade da aveia deverá oscilar entre 30
e 40%.
A situação dos pomares de citrinos pode considerar-se normal, indica o
documento.
Nesta região, a perda de água dos solos tem sido considerável, não
havendo reposição e as reservas superficiais, poços, charcas e linhas
de água estão já abaixo da sua capacidade máxima.
Diário Digital com Lusa
http://dinheirodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=2&id_news=176477

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