27-06-2011
A Organização de Produtores de Hortofrutícolas do Algarve anunciou que
devido à bactéria E-coli vai recolher até final deste mês cerca de 400
toneladas de tomate, cujo destino é o lixo, por falta de capacidade de
armazenamento.
«Vamos fazer retiradas de tomate em contentores e estimamos recolher
até 30 de Junho cerca de 400 toneladas», disse à Lusa Tânia Kittler,
directora operacional da Organização de Produtores de Hortofrutícolas
(OPH), reconhecendo que a maioria do legume vai para aterro, porque a
região não tem capacidade para armazená-lo.
A OPH tentou doar tomate ao Banco Alimentar, mas nem esta instituição
tem capacidade para armazenar o tomate, adiantou. A bactéria E-coli
levou os compradores de tomate a cancelarem as aquisições daquele
legume e a solução encontrada foi oferecê-lo à população, contou à
Lusa o produtor Rui Bárbara, que das 100 toneladas produzidas este
Verão perdeu «99,9 por cento da produção», com prejuízos de cerca de
80 mil euros.
Segundo aquele produtor, outra das soluções proposta pela Direcção
Regional de Agricultura e Pescas do Algarve (DRAPALg) foi recolher a
produção em contentores e indemnizar os agricultores através do
pagamento de «33 cêntimos por cada quilo entregue».
A solução da DRAPALg não está, contudo, a agradar totalmente aos
produtores, pois os contentores, com capacidade para 30 toneladas cada
um, não «vedam o sumo do tomate», o que acaba por diminuir o pagamento
por quilo que é entregue, lamenta Rui Bárbara.
Fonte: Lusa
http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia40237.aspx
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