A deputada do Bloco de Esquerda, Cecília Honório, questionou o
Ministério da Agricultura sobre eventuais apoios aos produtores
algarvios de tomate, na sequência da notícia sobre a recolha de cerca
de 400 toneladas de tomate, cujo destino é o lixo, por falta de
capacidade de armazenamento.
"A forma desastrosa e autoritária com que a Alemanha geriu a suspeição
sobre os mecanismos de propagação da bactéria e. coli, através da
produção hortícola dos parceiros europeus, tem hoje custos
inaceitáveis para os produtores portugueses e, em particular, para os
produtores algarvios de tomate, que estimam deitar para o lixo 400
toneladas de tomate, por incapacidade de vender, doar ou armazenar a
produção", referem os bloquistas.
Segundo o Bloco de Esquerda, a destruição de produtos alimentares,
"numa época de aumento da pobreza, decorrente das políticas de
austeridade, é um facto a que nenhum governo pode virar costas,
nomeadamente quando os apelos ao consumo de produtos nacionais vão
tendo ecos crescentes".
A deputada bloquista questionou o Ministério da Agricultura, do Mar,
do Ambiente e do Ordenamento do Território, sobre "que medidas
urgentes se propõe o governo tomar no sentido da rápida ultrapassagem
desta situação".
"Tem o governo condições para garantir que serão providenciadas as
condições de armazenamento necessárias e que será garantida aos
agricultores uma indemnização justa pelas perdas irrecuperáveis?",
perguntou ainda Cecília Honório.
No quadro europeu, acrescentou, "que medidas se propõe o Governo
assumir, no sentido de preservar os interesses dos produtores
nacionais, dignificando a agricultura nacional e preservando-a da
arbitrariedade e prepotência de que foi alvo no contexto da crise da
bactéria em referência?".
Redacção/RS
20:19 quarta-feira, 29 junho 2011
http://www.regiaosul.pt/noticia.php?refnoticia=117469
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