Devido ao consumo
O presidente da Autoridade Florestal Nacional (AFN) disse esta
quinta-feira que faltam dois milhões de metros cúbicos de floresta
para fazer face às necessidades de consumo e que se nada for feito
faltará madeira dentro de 15 anos.
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"Se não fizermos nada dentro de 15 anos não temos material lenhoso.
Não se plantam pinheiros, não se plantam eucaliptos. Temos em falta
dois milhões de metros cúbicos", disse Amândio Torres, num seminário
sobre a fileira florestal que decorre no Instituto Superior de
Economia e Gestão (ISEG).
O mesmo responsável frisou que é preciso alterar as metas definidas
nos instrumentos de gestão e passar-se de 3,5 milhões de hectares de
floresta para quatro ou cinco milhões.
O presidente da AFN sublinhou, por outro lado, a importância de rever
os Planos Regionais de Ordenamento Florestal (PROF) para "ajustar o
planeamento à realidade". "Os PROF prevêm uma expansão da área
florestal, mas não nas fileiras que suportam o tecido industrial. Se
expandirmos a área mas não satisfizermos as necessidades, esse
investimento não corresponde a uma acréscimo de rendimento",
justificou.
Por outro lado apelou a uma reflexão sobre as Zonas de Intervenção
Florestal (ZIF), que considerou "uma ideia boa", mas ressalvou que
tem de ser "mais do que uma iniciativa de um grupo de amigos, tem de
gerar rendimento, tem de ser um negócio".
O presidente da AFN defendeu ainda que é necessário intervir nos
baldios e questionou o facto de as alterações a esta legislações serem
"um tabu".
Amândio Torres sugeriu que, dos 500 mil hectares de baldios existentes
no País, 50 por cento devem ser recuperados para floresta: "Não estou
a falar de concessões, mas poderiamos criar um sistema de gestão
dessas áreas baldias com recurso a terceiros", sugeriu.
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/portugal/associacao-teme-falta-de-madeira-dentro-de-15-anos
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