Hoje às 14:08
Depois de se ter comprovado que a origem do surto infeccioso com uma
perigosa estirpe da bactéria E.coli foram rebentos vegetais, as
autoridades sanitárias alemãs estão agora a examinar se as respectivas
sementes também já estavam contaminadas.
«Adensaram-se os indícios de que as sementes dos rebentos já possam
conter a bactéria, embora isso ainda não tenha sido comprovado», disse
hoje, em Berlim, um porta-voz do Instituto Federal de Avaliação de
Riscos (BfR).
Apesar disso, o BfR recomendou a renúncia ao consumo, quer de rebentos
vegetais adquiridos no mercado, quer dos que sejam de produção
própria.
A ministra da agricultura e defesa do consumidor, Ilse Asigner,
anunciou que as investigações incidem também sobre sementes de
rebentos vegetais importadas.
Cerca de 100 pacientes que contraíram a estirpe mais agressiva a
E.coli, conhecida por Síndrome Hemolítica Urémica (HUS), sofreram
danos tão graves que precisam de um transplante de rim, ou terão de
fazer hemodiálise durante toda a vida, disse ao tablóide Bild o porta
voz do grupo parlamentar dos sociais democratas para assuntos de saúde
pública, Karl Lauterbach.
O mesmo especialista afirmou ainda que a rápida disseminação da
bactéria, que contaminou até agora quase três mil pessoas e matou mais
de trinta, na Alemanha, se ficou a dever também ao facto de os
hospitais comunicarem os casos de contágio ao Instituto Robert Koch,
em Berlim, responsável pelo combate a epidemias, através dos correios
e não por email.
O ministro da saúde, Daniel Bahr, admitiu, por seu turno, que «há
coisas a melhorar» no combate a futuros surtos infecciosos,
nomeadamente no que se refere às vias de comunicação entre as
instituições envolvidas.
A perigosa estirpe da bactéria E.coli foi detectada pela primeira vez
na sexta-feira em rebentos vegetais de uma exploração agrícola em
BienenBuettel, na Baixa Saxónia, que já estava sob vigilância
sanitária.
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=1876993&page=-1
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