quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Produtores agrícolas de Lamego temem que portaria sobre seguros de colheita “mate” a região

DR
Os produtores de fruta e vinho do vale do Douro Sul apontam a nova
portaria que vai regular os seguros de colheita na região como uma
"certidão de óbito" para centenas de agricultores.
No topo da lista das justificações para o "desespero" que, ontem
reunidos em Lamego, norte do distrito de Viseu, temem que tome conta
dos produtores, principalmente de uva, maçã e cereja, está o aumento
do custo do seguro que admitem chegar às centenas de euros por ano.
Integrada numa região integralmente composta por áreas de maior risco,
numa escala de cinco níveis, de A a E, os 10 concelhos do Douro
estavam abrangidos, desde 1996, pelo SIPAC (Sistema Integrado de
Protecção Contra as Aleatoriedades Climatéricas), que garantia uma
bonificação estatal de 75 por cento nos seguros que, com a portaria de
30 de dezembro de 2011, passa para 50 por cento.
Na reunião entre os autarcas da AMVDS (Associação de Municípios do
Vale do Douro Sul) e dezenas de produtores, o alerta de "quase certa"
certidão de óbito de centenas de agricultores foi lançado por Vítor
Pereira, gestor e economista da Cooperativa do Távora, de Moimenta da
Beira.
"Com a baixa da bonificação estatal de 75 para 50 por cento, o seguro
de colheita passa a ser insuportável para muitos produtores", apontou
Vítor Pereira, explicando que as contas "são claras" e garantem um
acréscimo de custos, no caso da uva, em 84 por cento nas zonas de
risco máximo".
Outro problema que foi exposto em Lamego prende-se com o "aumento das
dificuldades" para os seguros coletivos, visto que a nova portaria de
30 de dezembro e já a ser aplicada, "impõe que a bonificação acrescida
para este tipo de seguros só é concedida quando mais de 50 por cento
dos sócios fazem o seguro".

http://www.asbeiras.pt/2012/01/produtores-agricolas-de-lamego-temem-que-portaria-sobre-seguros-de-colheita-mate-a-regiao/

Sem comentários:

Enviar um comentário