quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Sicasal pronta para o futuro

O ministro da Economia esteve na passada sexta-feira (20 de Janeiro)
em Vila Franca do Rosário e usou o exemplo da Sicasal para dizer que é
com esforços idênticos aos que a administração e trabalhadores da
empresa estão a fazer que Portugal vai voltar a encontrar o seu
caminho.

Álvaro Santos Pereira visitou a empresa, criada em 1968 e que emprega
650 pessoas, que há dois meses viu 30 por cento das suas instalações
consumidas pelas chamas e não poupou nos elogios: "Acho que este é um
exemplo para o país porque face às dificuldades todos se uniram para
viabilizar a continuação da empresa e para renascer. Aliás foi esse o
nome dado ao projecto de recuperação desta empresa, Renascer, porque
numa altura de adversidade eles uniram-se para criar algo melhor",
sublinha.

A empresa de Vila Franca do Rosário, que tem um volume de negócios que
ronda os 100 milhões de euros por ano, está agora numa fase de
reestruturação. Os dados indicam que a Sicasal coloca semanalmente no
mercado 500 toneladas de carne processada e mil toneladas de carne
fresca e, de acordo com Álvaro Santos Silva, proprietário da Sicasal,
"dentro de um ano a intenção da empresa é reforçar a sua produção,
aumentando o número de trabalhadores".

No local ainda são visíveis os efeitos da tragédia a que Álvaro dos
Santos Silva, proprietário da Sicasal, chama de oportunidade.

Lentamente vão-se dando passos rumo à recuperação total da empresa com
o projecto que recebeu o nome de Renascer. Um nome que Álvaro Silva
considera importante também para Portugal: "A atitude que tomei de
recuperar totalmente a empresa teve por base o facto de estar
convencido que daqui a não sei quantos anos, mas poucos, têm de ser
poucos, Portugal será um novo país".

Dois meses depois do incêndio, este responsável garante que a Sicasal
"está bem, a área da fábrica está a 100 por cento, a área dos frescos
está a 50 por cento, e eu espero que dentro de três meses tenhamos
recuperado toda a capacidade de produção".

O empresário garante também ainda não saber quanto vai custar a
totalidade da recuperação das áreas destruídas pelo incêndio mas
sublinha que "tudo o que já fizemos, e vamos fazer, está a ser feito
com dinheiro da empresa porque, embora o seguro nos vá pagar estas
obras, não quisemos ficar à espera, era importante para todos nós que
o projecto Renascer passasse das palavras à prática logo após o
incêndio", conclui.

Na visita à Sicasal o ministro da Economia, que nos últimos dias ficou
conhecido por aconselhar à internacionalização dos pastéis de nata,
ficou a saber que 40 por cento da produção da Sicasal sai de Vila
Franca do Rosário para exportação.

* Fotos: Rogério Batalha

23 de Janeiro de 2012

http://www.rcmafra.com/?p=3362

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