domingo, 22 de janeiro de 2012

Goldman prevê ‘rally’ de 15% para as matérias-primas

Commodities

Catarina Melo
22/01/12 13:10

Petróleo, ouro e cobre são as 'commodities' com as melhores
perspectivas de valorização.

Este ano poderá ser marcado por um 'rally' das matérias-primas. Pelo
menos é essa a convicção da Goldman Sachs. Os analistas do banco de
investimento norte-americano apontam para que em 2012, as
'commodities' valorizem 15% (estimativas para o índice S&P GSCI). Uma
subida suportada sobretudo no avanço da cotação do cobre, do petróleo
e do ouro nos mercados internacionais. A Goldman Sachs justifica a sua
expectativa face às perspectivas de crescimento económico nos Estados
Unidos, acreditando que serão suficientes para compensar o impacto
negativo de uma recessão na Europa.

"Os dados económicos e o 'outlook', além da Europa, nos Estados Unidos
e na Ásia têm vindo a melhorar, o que faz aumentar o risco de
crescimento da procura", refere o estudo da Goldman. Das três
'commodities' para as quais o banco está mais optimista, o cobre é a
que oferece o melhor potencial de subida. Os analistas da Goldman
Sachs antecipam que nos próximos 12 meses a cotação da tonelada
métrica deste metal possa subir 19,8%, para 9.500 dólares, e acima dos
7.932 dólares a que transaccionava na passada sexta-feira na London
Metal Exchange. No caso do ouro, o potencial de 'upside' é de 18,7%,
para os 1.940 dólares (um novo recorde histórico), o que seria
suportado, segundo o Goldman Sachs pela expectativa de que o actual
nível reduzido das taxas de juro nos Estados Unidos se mantenha. Já em
relação ao petróleo, o potencial de ganhos é de 15,1%, para os 127,5
dólares por barril para o final do ano.

Contudo, o relatório esclarece que no caso do "ouro negro" o risco da
subida da cotação é mais acentuado "atendendo aos fortes fundamentais
e aos recentes eventos em torno do Irão e da Nigéria". Recorde-se que
o Irão ameaçou encerrar o estreito de Ormuz- por onde passa 20% do
crude negociado em todo o mundo - como resposta à exigência dos EUA de
interromperem o seu programa de desenvolvimento nuclear. O que já
levou também a União Europeia a propor um embargo às importações de
petróleo vindo do Irão. Tensões que poderão levar a uma escalada dos
preços do petróleo durante este ano.

Já para as matérias-primas agrícolas, o 'outlook' estará dependente da
evolução das condições climatéricas na Argentina e Brasil, países que
estão a enfrentar uma seca devido ao fenómeno natural La Nina. "Um
défice significativo de produção na América do Sul iria suportar uma
melhor performance da soja do que do milho", defendem os analistas da
Goldman Sachs.

A antevisão para o mercado das matérias-primas da Goldman Sachs
contrasta, no entanto, com a apresentada pela Morgan Stanley. Num
relatório apresentado alguns dias antes, este banco de investimento
mostrou-se mais favorável ao desempenho de 'commodities' defensivas,
como os cereais, em 2012.


http://economico.sapo.pt/noticias/goldman-preve-rally-de-15-para-as-materiasprimas_135918.html

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