segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

PARAGEM E "ABANDONO" DAS OBRAS DE REGADIO

PS acusa Governo de "estragar" projeto Alqueva
por LusaHoje

O deputado do PS Luís Pita Ameixa acusou hoje o Governo, o PSD e o
CDS-PP de estarem "apostados em estragar o Alqueva" e reclamou "outra
atitude e um caminho positivo" para o projeto e a agricultura
portuguesa.
"O Governo e os partidos que o suportam (PSD e CDS) estão
decisivamente apostados em estragar o Alqueva, em descredibilizar a
agricultura nacional e em humilhar os agricultores alentejanos, já
acusados de incapazes de desenvolver uma agricultura de regadio",
refere o deputado, em comunicado enviado hoje à agência
Segundo Luís Pita Ameixa, "é conhecida a má vontade que o Governo
dedicou ao projeto Alqueva e já são muitos os exemplos dessa nefasta
atitude".
Através do acordo de concertação social, ficou a saber-se que o
Governo "vai descomprometer as verbas do Programa de Desenvolvimento
Rural (PRODER) afetas à construção do Alqueva", refere.
"Afinal, não havia verbas para continuar a obra do Alqueva agrícola -
diziam -, mas, agora, já dá para alimentar apetites de desvio para o
projeto hidroagrícola do Vouga ou para libertar para outros fins",
acusa o deputado.
Por outro lado, "a fim de dar cobertura à deriva do Governo", PSD e
CDS-PP apresentaram uma resolução, já aprovada na Assembleia da
República e que, "enfeitada de frases a favor da agricultura de
regadio, mais não faz do que convalidar a paragem das obras e o
abandono do projeto" do Alqueva.
"Na verdade", a resolução do PSD e do CDS "ignora e afasta a questão
mais importante e decisiva do Alqueva: conferir ao projeto as
condições para a sua continuidade e conclusão com um calendário
concreto", lamenta.
Luís Pita Ameixa refere também que o PSD e o CDS "surpreendem ainda"
ao apresentarem "a criação de mais uma entidade, dependente da
Autoridade Nacional do Regadio, para a gestão integrada de todo o
empreendimento" do Alqueva.
"A gestão integrada de todo o empreendimento, isto é, das várias
valências", agrícola, energética, turística e de abastecimento público
de água, "deve ser, ou será eficazmente, gerida sob a tutela de uma
autoridade do regadio?" - questiona o deputado.
O deputado questiona também a razão de se "criar outra entidade
específica" se "já existe" a Empresa de Desenvolvimento e
Infraestruturas do Alqueva (EDIA), com "pessoal e equipamento" e "todo
seu histórico de experiência, organização e conhecimento do projeto".
"E não se esclarece o destino a dar à EDIA?", questiona ainda o
deputado, que lamenta "tanto desacerto e prejuízo" e reclama "outra
atitude e um caminho positivo para a agricultura e para o Alqueva".

http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=2273165&page=-1

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