Hermínia Saraiva
31/01/12 00:05
Lucro da empresa de pasta e papel caí 6,8%, ao alcançar um resultado
líquido de 196,3 milhões de euros em 2011.
O ano passado começou e acabou sem que a Portucel pudesse desenvolver
os projectos desenhados para a América Latina. À barreira legislativa
no Brasil e à falta de infra-estruturas no Uruguai juntam-se factores
macro-económicos que condicionam a rentabilidade do sector da pasta e
papel e que levam a empresa de Pedro Queiroz Pereira a reiterar o
pedido para que acabem os custos de contexto.
Apesar das limitações, as vendas da empresa cresceram 7,4% para
1.487,9 milhões de euros. No entanto, os lucros não resistiram à
evolução dos custos, agravados pelo preço das matérias-primas, bem
como por despesas com pessoal, e caíram 6,8% para 196,3 milhões de
euros. Em 2010, a Portucel lucrou 210,6 milhões de euros.
A empresa de Queiroz Pereira admite que "é premente" avançar com
políticas que reduzam "os custos de contexto que oneram a actividade
de produção e exportação de bens transaccionáveis", afectando os
resultados do grupo. E pede ainda novas políticas na área da
arborização, que permitam "aumentar a prazo de disponibilidade de
matéria-prima nacional".
Além da suspensão dos investimentos no Brasil e no Uruguai, a Portucel
tem parada a expansão da fábrica de Cacia, em Aveiro, para a qual já
tinha conseguido a alteração do plano de pormenor, num investimento de
300 milhões de euros.
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