terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Alqueva 10 anos que mudaram o Alentejo

O dia 8 de Fevereiro de 2002 fica na história do Empreendimento de
Fins Múltiplos de Alqueva marcando o início da profunda transformação
que o Alentejo está a viver.

Ao encerrar as suas comportas, a barragem de Alqueva permitiu cumprir
o primeiro objectivo do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva:
Criar uma reserva estratégica de água no Alentejo, região ciclicamente
assolada por extensos períodos de seca.

De então para cá, e a um ritmo nunca visto em Portugal, as diversas
empreitadas do Projecto permitiram estender os seus canais pelas
planícies alentejanas e ligar Alqueva a todas as albufeiras de
abastecimento público, garantindo desta forma o segundo grande
objectivo do Projecto: O reforço do abastecimento público de água a
toda a sua zona de influência.

Estão desta forma servidas mais de 200 mil pessoas de 12 concelhos
alentejanos, distribuídos por uma área com cerca de 10 mil km2.

Simultaneamente foram criadas novas áreas de regadio no Alentejo e,
nesta data, dos 110 mil hectares previstos, já estão operacionais mais
de 52 mil hectares, encontrando-se em construção mais 14 mil hectares.

Também aqui, o terceiro objectivo de Alqueva está a ser cumprido.

A adesão ao regadio nos blocos de Alqueva, apesar do difícil momento
da economia, tem revelado números nunca antes atingidos em Portugal.
De facto, não há histórico nos regadios públicos em Portugal com
adesões ao regadio, nos primeiros anos de actividade, a rondar os 50%,
como está a acontecer em Alqueva.

E se excluirmos os regadios comunitários, as pequenas parcelas dos
vários blocos de rega, essa adesão atinge valores na ordem dos 80%.

Dos 52 mil hectares equipados, 27 mil dos quais operacionalizados a
meio da última campanha de rega, e mais cerca de 8 mil hectares de
captações directas autorizadas, Alqueva regou, em 2011, para cima de
30 mil hectares.

A diversificação das culturas é hoje uma realidade inegável. Basta
cruzar os campos outrora de sequeiro, para constatar a diferença que
10 anos de Alqueva trouxeram ao Alentejo.

Do olival ao milho e ao sorgo; da vinha à uva de mesa e ao pimento;
das frutícolas aos frutos secos e às especiarias; do tomate ao melão e
à melancia; da cebola ao arroz e ao girassol, Alqueva está a produzir
e, paralelamente, assiste-se à instalação de agroindústrias,
nomeadamente na implantação de novos lagares, tornando o Alentejo o
primeiro produtor de azeite em Portugal e também, pela primeira vez em
décadas, permitir a autossuficiência do País.

Estas são realidades de Alqueva, um projecto com apenas 10 anos de
vida, em crescimento e, por isso, com todo o potencial para que foi
criado em franca ascensão.

Os campos do Alentejo são hoje o melhor testemunho. Eles falam por Alqueva.

Fonte: EDIA

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2012/02/06c.htm

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