quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Exportação de frutas e hortícolas deve atingir os mil ME este ano

07-02-2012

As exportações portuguesas de frutas e legumes deverão atingir os mil
milhões de euros este ano, prevê o presidente da Portugal Fresh,
mostrando-se confiante na apetência dos mercados internacionais para
superar a «recessão» do consumo interno.
Cerca de 40 produtores nacionais de frutas e legumes vão, a partir de
quarta-feira, mostrar a sua oferta em Berlim, na Fruit Logistica, uma
das maiores feiras do sector, apostando fortemente na divulgação
internacional dos seus produtos para contrariar a crise interna.
O presidente da Portugal Fresh, Associação para a promoção das Frutas,
Legumes e Flores, Manuel Évora, salientou o comportamento positivo das
exportações, que deverão ter aumentado 12 por cento entre 2010 e 2011,
passando de 800 para 900 milhões de euros, e espera que as vendas
internacionais cheguem aos mil milhões de euros este ano.

Manuel Évora adiantou que África e a Europa continuam a ser os
principais destinos dos hortícolas nacionais, mas destacou também o
aumento das exportações para a América Latina, sobretudo o Brasil,
«apesar de ainda ser necessário eliminar barreiras alfandegárias».
Já o mercado interno «apresenta uma recessão de consumo e de preço
assustadora», que se acentuou desde a crise do E. Coli. Em Junho do
ano passado, o pânico instalou-se entre os consumidores europeus
depois de 50 pessoas terem morrido na Alemanha devido a uma estirpe
mortal de E. Coli que levou as autoridades alemãs a lançarem um alerta
sobre lotes de pepinos espanhóis e desaconselharem o consumo de
pepinos, tomates e saladas.
A suspeita acabou por se mostrar infundada, mas as dúvidas sobre a
origem da epidemia afastaram os consumidores dos legumes, provocando
elevados prejuízos aos agricultores, que ultrapassaram os 5 milhões de
euros no caso de Portugal.
«Os hortícolas tiveram uma quebra muito acentuada», afirmou Manuel
Évora, salientando que os volumes de produção não abrandaram o que se
reflectiu na quebra de preços.
«Os preços das batatas, cenouras e couves estão assustadoramente
baixos face aos custos de produção. Os produtos de saladas também
sofreram imenso», disse o responsável da Portugal Fresh.
Os produtores de peras e maçãs estão também a sofrer as consequências
da retracção do consumo num ano de «boa produção».
«Esperamos por dias melhores», conformou-se Manuel Évora, lançando um
«desafio ao consumo de produtos nacionais» que vai servir de mote à
presença da Portugal Fresh, entre quarta e sexta-feira, na feira de
Berlim.
O programa prevê a visita da ministra da Agricultura, Assunção
Cristas, e demonstração de cozinha tradicional portuguesa, cujos
ingredientes assentarão na produção nacional.
Fonte: Lusa
http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia43332.aspx

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