sábado, 11 de fevereiro de 2012

Bactéria ameaça destruir produção de pêra rocha

Agricultores reclamam apoios de dez milhões de euros

Os produtores de fruta reclamam uma ajuda de dez milhões de euros do Governo para o arranque das árvores que estejam infectadas por uma bactéria que se propaga pelo pólen, através do vento e dos insectos, e pelos instrumentos de trabalho. Até agora o "fogo bacteriano" já obrigou ao arranque de 18500 árvores – o equivalente a uma área de 10,5 hectares – sobretudo de pêra rocha (80%) e maçã.
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Por:Isabel Jordão, em Berlim






"Não é fácil ser dono de um pomar e acabar com ele, é preciso coragem para arrancar as árvores, pois tem um impacto económico muito elevado, daí a necessidade do apoio", diz Domingos dos Santos, presidente da direcção da Federação Nacional das Organizações de Produtores de Frutas e Hortícolas (FNOP), adiantando que o apoio ao arranque pode ser feito com verbas provenientes do Proder, que seriam transferidas de outras áreas.
O "fogo bacteriano" – assim denominado por queimar as árvores infectadas – foi detectado em Inglaterra, em 1956. Em Portugal, os primeiros casos surgiram em 2006, com dois focos na zona da Cova da Beira. Até 2010 não se voltou a ouvir falar da bactéria, até que foram descobertos novos focos, desta vez na zona Oeste, onde predominam os pomares de pêra rocha, com 11 mil hectares de área e uma produção anual de 230 mil toneladas, gerando 15 mil postos de trabalho.
A bactéria afecta todas as espécies de pomoideas – macieiras, pereiras e marmeleiros – mas está a atingir sobretudo a fileira da pêra rocha. É uma doença de contágio, manifesta-se em qualquer pomar, novo ou velho, e tem um efeito rápido, calculando-se que os primeiros sintomas surjam 15 dias após o contacto. Não tem cura e obriga ao arranque imediato da árvore doente e das duas à sua volta, que têm der ser queimadas no local. A seguir é criada uma área de segurança, que fica em quarentena e só após um período de dois anos podem ser plantadas novas árvores.
"Corremos o risco de sofrer uma quebra de produção até 50 por cento", diz Domingos dos Santos, salientando que a bactéria é mortal para as árvores, mas não tem qualquer impacto na fruta, uma vez que as pereiras doentes não produzem. "É um problema sanitário das árvores, que começa a secar pelas pontas dos ramos, e não dos frutos".
As entidades oficiais estão ao corrente da situação e já criado um manual de procedimentos, que está a ser explicado aos produtores, através de técnicos que fazem sessões de esclarecimento nas freguesias. Também já existe legislação que obriga ao arranque imediato das árvores doentes e a sinalizar e quantificar os casos às direcções regionais de Agricultura.
"A erradicação da doença só pode ter sucesso se forem seguidos todos os procedimentos, porque basta uma árvore doente para infectar toda uma fileira", salienta Domingos dos Santos, defendendo que "o grande problema" são os pomares abandonados e os pequenos produtores que não estão organizados.
As "medidas de apoio para suportar o custo do arranque e indemnizar pelas perdas são fundamentais, para que os agricultores não hesitem e adiram, dado que o impacto económico da doença é drástico", diz o presidente da FNOP, que aguarda uma resposta do Ministério da Agricultura à proposta apresentada. Para plantar um hectare novo são necessárias 2500 árvores, o que equivale a um investimento de 17 mil euros.
Os produtores consideram que um apoio de dez milhões de euros será suficiente para compensar os produtores pelo arranque das árvores e pela consequente quebra na produção.
O "fogo bacteriano" – assim denominado por queimar as árvores infectadas – foi detectado em Inglaterra, em 1956. Em Portugal, os primeiros casos surgiram em 2006, com dois focos na zona da Cova da Beira. Até 2010 não se voltou a ouvir falar da bactéria, até que foram descobertos novos focos, desta vez na zona Oeste, onde predominam os pomares de pêra rocha, com 11 mil hectares de área e uma produção anual de 230 mil toneladas, gerando 15 mil postos de trabalho.
A bactéria afecta todas as espécies de pomoideas – macieiras, pereiras e marmeleiros – mas está a atingir sobretudo a fileira da pêra rocha. É uma doença de contágio, manifesta-se em qualquer pomar, novo ou velho, e tem um efeito rápido, calculando-se que os primeiros sintomas surjam 15 dias após o contacto. Não tem cura e obriga ao arranque imediato da árvore doente e das duas à sua volta, que têm der ser queimadas no local. A seguir é criada uma área de segurança, que fica em quarentena e só após um período de dois anos podem ser plantadas novas árvores.
"Corremos o risco de sofrer uma quebra de produção até 50 por cento", diz Domingos dos Santos, salientando que a bactéria é mortal para as árvores, mas não tem qualquer impacto na fruta, uma vez que as pereiras doentes não produzem. "É um problema sanitário das árvores, que começa a secar pelas pontas dos ramos, e não dos frutos".
As entidades oficiais estão ao corrente da situação e já criado um manual de procedimentos, que está a ser explicado aos produtores, através de técnicos que fazem sessões de esclarecimento nas freguesias. Também já existe legislação que obriga ao arranque imediato das árvores doentes e a sinalizar e quantificar os casos às direcções regionais de Agricultura.
"A erradicação da doença só pode ter sucesso se forem seguidos todos os procedimentos, porque basta uma árvore doente para infectar toda uma fileira", salienta Domingos dos Santos, defendendo que "o grande problema" são os pomares abandonados e os pequenos produtores que não estão organizados.
As "medidas de apoio para suportar o custo do arranque e indemnizar pelas perdas são fundamentais, para que os agricultores não hesitem e adiram, dado que o impacto económico da doença é drástico", diz o presidente da FNOP, que aguarda uma resposta do Ministério da Agricultura à proposta apresentada. Para plantar um hectare novo são necessárias 2500 árvores, o que equivale a um investimento de 17 mil euros.
Os produtores consideram que um apoio de dez milhões de euros será suficiente para compensar os produtores pelo arranque das árvores e pela consequente quebra na produção.

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/economia/bacteria-ameaca-destruir-producao-de-pera-rocha

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