China representa 10% das exportações da Quinta do Vallado

Vinhos

Irina Marcelino
21/11/12 00:05

A entrada no mercado chinês deu-se em 2010, mas a marca de vinhos da
histórica Ferreirinha está presente em 26 mercados.

China, Brasil, Dinamarca e Polónia. São estes os mercados que
registaram maior crescimento para os produtos da Quinta do Vallado,
marca de vinhos duriense que faz parte do grupo de empreendedores
vínicos Douro Boys. As exportações da marca representam hoje 40% do
seu negócio. E só no primeiro semestre deste ano cresceram 112%. Um
dos principais motivos para este crescimento foi o mercado polaco, no
qual entraram no final do ano passado com o segmento económico.


Também o mercado chinês se destaca nas exportações da marca de vinhos
da família de Dona Antónia Adelaide Ferreira, a histórica Ferreirinha.


A entrada no mercado chinês deu-se em 2010 e passou logo a representar
10% da facturação. Recentemente, lançaram um site em mandarim, que
pretende ser fonte de informação sobre a empresa e a sua história para
este mercado que não tem parado de crescer para os vinhos portugueses
(ver caixa).


Hoje, estão presentes em 26 países além de Portugal. "A estratégia no
exterior baseia-se na qualidade dos vinhos e no prestígio que muito
lentamente o Douro vai ganhando.


Mas a principal dificuldade é que quase ninguém sabe o que são os
vinhos do Douro, e a qualidade que tem um factor decisivo", afirma
João Álvares Ribeiro, administrador da empresa. O reconhecimento dos
mais importantes críticos internacionais do sector também tem
contribuído para que a Quinta do Vallado faça cada vez maior eco no
mercado mundial.


Exportações de vinhos sempre a aumentar.
As exportações portuguesas de vinho não param de aumentar. Os dados do
Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que, em 2011, o valor
exportado superou os 650 milhões de euros, cifra nunca atingida ao
longo dos últimos onze anos. Até Julho deste ano o valor já tinha
chegado aos 367 milhões de euros, mais 30 milhões do que no mesmo
período do ano passado. A variação entre o período de Janeiro a Julho
de 2011 a 2012 foi, por isso, positiva: mais 9%.


A aposta em novos países e o facto de o mercado interno estar a
arrefecer poderão estar entre as explicações para este incremento.
Entre os mercados novos estão os asiáticos, nomeadamente a China, para
onde a venda de vinhos portugueses tem vindo continuamente a crescer.
De acordo com o INE, em 2001 o valor das exportações de vinhos para
aquele país era de 128 mil euros. Em 2011 foi de 8,6 milhões. E o
primeiro semestre promete: até Julho já se ultrapassaram os 5,6
milhões de euros.

http://economico.sapo.pt/noticias/china-representa-10-das-exportacoes-da-quinta-do-vallado_156661.html