quinta-feira, 22 de novembro de 2012

"Jovens têm de investir na agricultura"

Edição impressa
22 Novembro 2012

"Nós somos um país com grandes potencialidades no sector agrícola,
pela nossa diversidade cultural, geográfica, gastronómica e
climatérica, pelo que os jovens têm de investir nesta área", frisou, à
margem da inauguração do seminário europeu 'A Participação Juvenil nos
Agrupamentos Transfronteiriços', na sede da Eurocidade Chaves - Verín,
em Feces de Abaixo, Espanha.

O investimento das novas gerações na área, referiu o dirigente, deve
ser feito de forma sustentada, baseado no conhecimento e na tecnologia
actual com vista à sua modernização.

"O regresso dos jovens à agricultura não pode ser feito nos moldes
antigos, embora mantenha raízes e conhecimentos, mas tem de ser capaz
de diversificar e produzir produtos de qualidade que funcionem como
alavanque da economia", explicou.

O dirigente declarou que a agricultura tem de ser entendida como uma
área de investimento e economia como outra qualquer.

Manuel Dias de Barros relembrou que o sector agrícola não é o único
polo de oportunidades para as novas gerações, uma das mais
qualificadas e preparadas, devendo focar-se nas novas tecnologias,
indústrias criativas e na "reindustrialização" que "tanto" se fala na
Europa.

As sociedades europeias têm de equilibrar o seu modelo de
desenvolvimento, não podendo continuar a apostar apenas nos serviços e
em determinados sectores, têm de "dar força" ao sector primário que
tem valor acrescentado e incorpora muita tecnologia.

A proximidade entre Portugal e Espanha, nomeadamente entre a região
Norte e a Galiza, que partilham problemas como a baixa densidade
populacional, fuga de jovens e dificuldade no acesso aos grandes
centros poderá ser um "ponto positivo" na criação de emprego e novos
negócios.

Este novo "ecossistema" de geração, segundo o responsável do IPDJ, tem
de ter uma postura mais proactiva porque, actualmente, os desafios são
diferentes e mais exigentes.

"Todas as mudanças, perda ou criação de emprego, criam fricções e
traumatismos, mas devem ser encaradas pela juventude de forma
positiva, como uma janela de oportunidades e um grito de cidadania",
disse.

Segundo Manuel Dias de Barros, os jovens têm de "usar da cidadania",
participando nos destinos dos seus concelhos, regiões ou países, têm
de ser mais solidários e menos "alienados" da política e das questões
da sociedade.

No seminário, que termina no sábado, participam jovens europeus de
cidades transfronteiriças com o objectivo de dar visibilidade à
realidade da juventude residente em localidades de fronteira, fomentar
a participação juvenil e a empregabilidade e promover um espaço de
intercâmbio de experiências.

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/economia/jovens-tem-de-investir-na-agricultura

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