sábado, 11 de junho de 2011

FAO teme escassez de água na agricultura por mudanças climáticas

(AFP) – Há 13 horas
ROMA — As mudanças climáticas poderiam provocar escassez de água nas
próximas décadas para a produção de alimentos e cultivos, segundo
estudo divulgado esta quinta-feira pela FAO.
O estudo analisa as consequências previsíveis das mudanças climáticas,
entre elas a diminuição da corrente de água dos rios e da alimentação
dos aquíferos no Mediterrâneo, as zonas semiáridas na América,
Austrália e África meridional, regiões que já sofrem de "estresse
hídrico", sustentou a entidade das Nações Unidas.
Segundo o estudo, na Ásia serão afetadas amplas regiões que dependem
do degelo e dos glaciares de montanha.

As áreas densamente povoadas dos deltas fluviais também estão
ameaçadas, pela combinação de menor fluxo de água, aumento da
salinidade e elevação do nível do mar.
A aceleração do ciclo hidrológico do planeta, já que as temperaturas
em alta aumentarão a taxa de evaporação da terra e do mar, também
afetarão o acesso à água.
Os especialistas da FAO afirmam que a chuva aumentará nos trópicos e
em latitudes mais elevadas, mas diminuirá nas regiões que já têm
caráter seco e semiárido e no interior dos grandes continentes.
"Será necessário contar com uma frequência maior de secas e
inundações, mas espera-se que as regiões do mundo que já sofrem de
escassez de água se tornem mais secas e quentes", sustentou a FAO.
"A perda de glaciares - que sustentam cerca de 40% do abastecimento de
água ao nível mundial - afetará finalmente a quantidade de água de
superfície disponível para a irrigação das principais bacias
produtoras", destacam os especialistas.
A FAO adverte que se sabe muito pouco sobre o futuro impacto das
mudanças climáticas na água para a agricultura ao nível regional e
subregional, e onde os camponeses estarão mais ameaçados.
"É necessária uma precisão e um enfoque maiores para entender a
natureza, o alcance e localização dos efeitos das mudanças climáticas
nos recursos hídricos para a agricultura nos países em
desenvolvimento", destacou o informe, acrescentando que "mapear a
vulnerabilidade é uma tarefa chave ao nível nacional e regional".
http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5iLE7E71u0GezEKXWWACz_mkOzjxg?docId=CNG.92bb341a9978c6994c39e0e41d06a607.761

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