Isabel Palma (26-08-11)
Uma equipa de cientistas portugueses descobriu que o óleo de coentros
apresenta propriedades antibacterianas contra várias bactérias nocivas
ao Homem. Estes resultados sugerem que no futuro estes óleos poderão
ser utilizados nas indústrias alimentar e farmacêutica.
Cientistas portugueses da Universidade da Beira Interior descobriram
que o óleo essencial de coentros (Coriandrum sativum) é tóxico para
várias bactérias nocivas ao Homem.
Segundo a equipa, os resultados do estudo encorajam o uso de óleo de
coentros em formulações antibacterianas uma vez que elimina bactérias
relacionadas com intoxicações alimentares e infecções hospitalares.
Os investigadores testaram o óleo de coentros em 12 estirpes
bacterianas, incluindo a Escherichia coli, Salmonella enterica,
Bacillus cereus e Staphylococcus aureus meticiliana resistentes
(MRSA). O óleo apresentou actividade bactericida para quase todas as
bactérias testadas, à excepção da Bacillus cereus e da Enterococcus
faecalis.
"Os resultados indicam que o óleo de coentros danifica a membrana que
envolve a bactéria. Isto perturba a barreira entre a célula e o seu
ambiente e inibe processos essenciais como a respiração o que leva à
morte da célula bacteriana", explica Fernanda Domingues que liderou
este estudo publicado na revista científica Journal of Medical
Microbiology.
Os investigadores sugerem que o óleo de coentros pode ter aplicações
importantes nas indústrias alimentar e farmacêutica. "Nos países
desenvolvidos, mais de 30% da população sofre de doenças de origem
alimentar todos os anos. Esta investigação encoraja o desenvolvimento
de novos aditivos alimentares que contenham óleo de coentros para
combater organismos patogénicos de origem alimentar e prevenir a
deterioração bacteriana."
A líder do estudo acrescenta ainda que "o óleo de coentros também pode
tornar-se uma alternativa natural aos antibióticos comuns. Prevemos a
utilização de coentros em medicamentos na forma de loções, colutórios
e até em comprimidos para combater infecções bacterianas
multirresistentes."
Fonte: www.portugalglobal.pt, http://jmm.sgmjournals.org
http://naturlink.sapo.pt/article.aspx?menuid=20&cid=41707&bl=1
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