29-08-2011
O presidente da Agrival, a maior feira agrícola do norte de Portugal,
pediu ontem incentivos para que os portugueses, particularmente aos
jovens, se fixem na lavoura e assim contribuírem para a
auto-suficiência alimentar do país.
Falando à agência Lusa no final da 32.ª edição da Agrival, Adolfo
Amílcar disse que esta é altura de «reparar erros cometidos» nas duas
últimas décadas, altura em que se «andou a pagar para não produzir
leite ou destruir vinhas», em vez de se incentivarem os jovens a
trabalharem na agricultura.
«Espero que agora haja incentivos, nomeadamente nos impostos, para que
as pessoas comecem a trabalhar cada vez mais na agricultura. Porque,
no mínimo, temos obrigação de produzir o suficiente para o nosso
consumo», disse.
Fazendo um balanço da feira agrícola deste ano, Adolfo Amílcar disse
que as empresas representadas foram 320, número similar ao do ano
passado, porque o espaço reservado ao certame, de 25 mil metros
quadrados, «não dava para mais».
Já o número de visitantes com bilhete foi superior em 10 mil ao do ano
passado, fixando-se em 120 mil. Conforme declarou, as primeiras
indicações sobre os resultados do certame indicam que o volume de
negócios gerado terá oscilado entre quatro e cinco milhões de euros,
«que é bastante grande» e equivalente ou ligeiramente superior ao de
2010.
Um dos expositores, citado por Adolfo Amílcar, disse que o seu volume
de negócios do próximo ano «depende em 70 por cento da Agrival». O
presidente da feira agrícola de Penafiel e Vale do Sousa sublinhou o
contributo da agricultura para a economia local e assinalou que a
sub-região é responsável por 25 por cento das exportações de vinhos
verdes. «Isto deve-se muito à Quinta da Aveleda, mas também à adega
cooperativa e outros produtores», afirmou. Acrescentou que se nota em
Penafiel um aposta crescente na produção de kiwis e na agricultura
biológica.
Fonte: Lusa
http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia40810.aspx
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