OPINIÂO
António Mendes Nunes
Publicado em 14 de Agosto de 2011
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A DFJ foi fundada em 1998 sendo logo de início uma empresa vocacionada
para a exportação. Actualmente das cerca de 6 milhões de garrafas de
110 referências que produz (33 marcas e 77 vinhos diferentes, oriundos
de todas as regiões portuguesas, do Douro ao Algarve, exceptuando a
dos Vinhos Verdes), 5,4 milhões são destinadas ao mercado externo, com
a Inglaterra à cabeça. A sede da empresa é na Quinta da Fonte Bela, no
concelho do Cartaxo, mas as vinhas (próprias ou em regime de
contratação) estão espalhadas por todo o país.
José Neiva Correia, actualmente o único proprietário da DFJ, é
descendente de uma família com tradições na viticultura. Tem uma
filosofia muito própria em relação aos vinhos e à vinha como, por
exemplo, de que para ter sucesso o produtor tem de acompanhar os
gostos dos vários consumidores. É adepto da menor intervenção na vinho
e no vinho, controlando rigorosamente a evolução. Não faz vindima em
verde, porque acha que a natureza sabe gerir melhor os ciclos
vegetatitvos do que o homem e também não gosta de abusar de madeiras
novas nas barricas de estágio. Uma parte das suas marcas de vinho só
se encontram no mercado de exportação, como o Pink Elephant, um rosé
feito para Inglaterra e vocacionado para acompanhar comida picante.
Nas acções de promoção conta-se para além do patrocínio a uma equipa
de volei feminina e uma companhia de ballet em Inglaterra, o apoio a
elefantes na Tailândia.
Sobre a Quinta da Fonte Bela já publicámos no suplemento LIV de 30/7
um artigo dando conta da beleza das instalações. Também conhecida pela
Catedral do Vinho, a quinta é composta por vários edifícios onde estão
os escritórios, um centro de vinificação, uma linha de engarrafamento,
armazéns, uma adega com capacidade para 2,8 milhões de litros,
tanoaria, laboratório e sala de visitas, num total de mais de 17 mil
m2, dos quais mais de oito mil de área coberta.
NOTAS DE PROVA
Grand'Arte Arinto
Produtor DFJ
Castas arinto
Região Estremadura
Acompanha bem com pratos de peixe e marisco, mas também como vinho de
conversa a acompanhar tapas pouco condimentadas
Preço ± 6€
Um vinho razoavelmente encorpado e que, por isso é bom companheiro
para a comida. Um pouco mais fresco (10/11º) é um bom companheiro para
entradas devido à acidez do arinto que o torna muiro fresco. Bom
aroma, envolvente na boca, notam-se toques minerais. Foi premiado no
concurso mundial de Bruxelas e ste ano.
Monte Alentejano Trincadeira e Aragonez
Produtor DFJ
Castas trincadeira e aragonês
Região Alentejo
Casa bem com uma série de tapas e entradas como, por exemplo, alheira
com bróculos.
Um biverietal (cerca de 30% dos vinhos DFJ são mono ou bivarietais),
jovem e aveludado. Aroma a frutos vermelhos bem maduros e algum
floral. Na boca sentem-se os taninos suaves e uma ligeira acidez que
lhe dá a frescura e o torna muito competente para acompanhar petiscos.
O ano passado foi classificado com 86 pontos (em 100) na revista
americana Wine Enthusiast
http://www.ionline.pt/conteudo/143182-jose-neiva-correia-na-dfj-vender-vinho-e-vender-sonhos
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