Os últimos acontecimentos e as recentes declarações de um
representante do Governo sobre o sector do Vinho do Porto, obrigam as
profissões representadas no IVDP a vir prestar esclarecimentos e a
repor a tranquilidade neste sector.
Em primeiro lugar importa esclarecer que é o Conselho
Interprofissional do IVDP através das associações do comércio e da
produção do sector do Vinho do Porto e Douro, legitima e legalmente
nomeadas pelo Governo, que representam o sector.
Todas as restantes organizações devem ser avaliadas em relação à
diminuta representatividade que têm no sector do Vinho do Porto e na
Região Demarcada do Douro.
É importante e fundamental que o Governo perceba o funcionamento do
sector e conheça quem são os seus legítimos intervenientes.
Não é admissível que sejam tomadas decisões com relevância e
consequência no sector, por imposição de grupos de pressão que não
correspondem à verdadeira representação da região.
Importa assim esclarecer e repor a ordem institucional no Douro.
Os momentos que vivemos são de crise generalizada. No sector do Vinho
do Porto e na Região Demarcada do Douro vivemos igualmente um ano de
grandes dificuldades.
A vindima de 2011 apresenta-se muito difícil com a marcação de um
beneficio de 85 000 pipas. No entanto este quantitativo corresponde,
no entendimento do C.I., à necessidade de o sector estrategicamente
enfrentar os graves problemas que tem.
Nos últimos dez anos o Vinho do Porto perdeu 12 milhões de garrafas de
Vinho do Porto, correspondendo a uma perda de valor de 37 milhões de
euros.
O excedente de vinho existente no conjunto do sector, provoca a
desvalorização do nosso produto quer na produção quer na
comercialização.
Hoje é o momento de corrigirmos vários erros efetuados no passado.
Infelizmente para o sector sobreviver temos que atravessar momentos de
dificuldade.
É importante unir esforços para que aumentem as vendas. O Governo tem
que entender a estratégia delineada e dar condições, através da
alteração da lei orgânica do IVDP, para que possamos criar um fundo de
promoção às marcas próprias. O Governo deve repor os 8 milhões de €
desfazendo a grave injustiça efetuada pelo anterior executivo que
tributou duplamente o sector. Esse dinheiro tem que ser aplicado na
promoção do nosso produto.
O momento é de dificuldade mas poderemos ultrapassa-lo se as medidas
corretas forem assumidas por todos os intervenientes.
Esperemos assim que o Governo e as profissões representadas no
Conselho Interprofissional possam ultrapassar esta crise para bem do
sector do Vinho do Porto e da Região Demarcada do Douro.
A exoneração de funções, é sempre uma atitude grave e de ultimo recurso.
No caso presente, foi despachada a um mês do final do mandato, e
envolveu o Presidente do I.V.D.P. e do Conselho Interprofissional.
Nem antes nem depois desta exoneração, as profissões foram ouvidas.
De igual modo não conhecemos nos comportamentos e atitudes do agora
exonerado, justificação de tal medida, e temos a convicção plena que o
mesmo, tomou as decisões, ora contestadas, em defesa dos interesses da
Região Demarcada do Douro.
Mensagem escrita ao abrigo do novo acordo ortográfico
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Susana Monteiro | Managing Director
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