Galp e Visabeira apostam nos biocombustíveis em Moçambique

segunda-feira, 22 de Agosto de 2011 | 12:27
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O projecto de perfuração na bacia do Rovuma, em Cabo Delgado, a
arrancar em Setembro, é a principal aposta da Galp Energia, uma das
empresas portuguesas que exploram os biocombustíveis em Moçambique.
O executivo de Maputo nunca divulgou a lista completa dos projectos
apresentados para a exploração de biocombustíveis no país, contudo,
garante ter disponíveis cerca de 7 milhões de hectares para cultivo.
Em 2009, Edward Hoyt, da empresa norte-americana Econergy, divulgou um
estudo sobre a viabilidade desta indústria no país, tendo assinalado
que existiam 21 projectos na forja.

Na lista de empresas interessadas em explorar os biocombustíveis
constam algumas de capitais brasileiros e, pelo menos, duas
portuguesas: a petrolífera Galp Energia e o grupo Visabeira, que detêm
lotes de terrenos adequados à produção de oleaginosas, numa área que
poderá ir até aos 150.000 hectares.
De resto, a Galp Energia e a Visabeira estão a desenvolver um projecto
agro-industrial conjunto para a produção, comercialização e
distribuição de biocombustíveis em Moçambique.
A iniciativa destina-se quer à exportação para Portugal, com
processamento em unidades de biodiesel da Galp Energia, quer à
produção em Moçambique deste combustível, destinado ao mercado local.
O desenvolvimento destas operações ficará a cargo da Moçamgalp,
empresa constituída pela Galp Energia e Visabeira, que vai também
promover a construção de uma unidade industrial para produção de óleo
vegetal.
A Geocapital, empresa com sede em Macau, dos empresários Stanley Ho e
Ferro Ribeiro, também está na corrida à produção de biocombustíveis no
país, tendo anunciado o investimento de 40 mil milhões de dólares
(27,7 mil milhões de euros) para aplicar neste sector, nos próximos
dez anos, em Moçambique, Angola e Guiné-Bissau.
Diário Digital / Lusa
http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_digital/news.asp?section_id=30&id_news=164509&page=1