domingo, 28 de agosto de 2011

Falta de matéria-prima ameaça indústria nacional

26/08/2011 | 00:15 | Dinheiro Vivo
A falta de matéria-prima com origem nas florestas portuguesas é uma
das principais preocupações da indústria do mobiliário e de toda a
fileira da madeira.
O pinheiro-bravo, a principal espécie usada no fabrico de mobiliário,
está a desaparecer, destruído pelos incêndios e pelo nemátodo (verme)
do pinheiro, que desde 1999 se está a propagar em Portugal. Este verme
microscópico mata as árvores afectadas e só é eliminado com o abate e
queima das árvores.

Este problema está a tornar as empresas menos competitivas, na visão
do presidente da associação do sector, AIMMP.
"A indústria do mobiliário tem ajustado a sua produção com madeiras
alternativas, substituindo as madeiras maciças por contraplacados, por
exemplo, ou importando matéria-prima. Mas, assim, estamos a perder
qualidade e a produção é menos competitiva", alerta Vítor Poças.
Nos últimos anos, o desaparecimento do pinheiro-bravo não tem tido uma
resposta à altura. Vítor Poças salienta que, "há cinco anos, Portugal
tinha 1,2 mil milhões de hectares de floresta de pinho. Hoje temos 750
mil hectares e, desse total, estima-se que cerca de 250 mil hectares
estão infectados com o nemátodo do pinheiro".
A falta de uma política de reflorestação do pinheiro e de manutenção
das florestas de pinho tem agravado esta realidade que prejudica os
fabricantes de mobiliário, mas também toda a fileira da madeira.
"Quando o nemátodo foi descoberto em Portugal, a Comunidade Europeia
levantou restrições às exportações de madeiras. As serrações foram
obrigadas a tratar as madeiros com choque térmico. Isso acarretou
custos porque as empresas tiveram de investir em equipamento para
tratar as madeiras e a Comunidade aprovou um fundo para ressarcir as
empresas desses custos", recorda Vítor Poças.
http://www.dinheirovivo.pt/Empresas/Artigo/cieco012409.html;jsessionid=TwSdTZxL1yqfrd9JQ9bzhKk69vk8GJn8ByF9TL1nFkYfqyQQs2q6!-1724364747

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