quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Agricultores de Braga pedem a ministra para 'reduzir a conversa' e salvar o sector

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29 de Fevereiro, 2012
A Associação de Defesa dos Agricultores do Distrito de Braga (ADADB)
instou hoje a ministra da tutela a «reduzir a conversa» e a tomar
medidas concretas e eficazes para acudir a um sector em «estado de
calamidade».
Em comunicado, aquela associação afirma que Assunção Cristas «tem
produzido conversa, mais conversa e ainda mais conversa, dando a ideia
que nada está a acontecer, tudo está bem e que todos os problemas
estão a ser resolvidos».
«Só que medidas, até hoje, nem uma ainda se viu», acrescenta a associação.
A seca prolongada é, segundo a ADADB, mais uma «enorme dor de cabeça»
para um sector que já atravessa uma «profunda crise, originada por
políticas erradas e desajustadas da realidade produtiva».

Diz que, com a falta de chuva que se tem verificado, escasseiam as
pastagens, está prejudicado o cultivo de cereais de inverno e a
produção e qualidade do vinho verde estão ameaçadas.
«O estado de calamidade na agricultura já devia ter levado o
Ministério a accionar os mecanismos necessários junto da União
Europeia para minimizar as dificuldades existentes», defende a
associação de Braga.
Acusa Assunção Cristas de assumir uma «atitude passiva» e de «esperar
pela chuva quando todos sabiam que não vinha».
Segundo a ADADB, a seca veio juntar-se a outros problemas, como os
aumentos constantes dos combustíveis, rações, adubos, sementes,
pesticidas e da electricidade.
Além disso, sublinha, a produção tem «imensas dificuldades» em escoar
muitos dos seus produtos, mesmo praticando preços iguais aos de uma
dezena de anos ou até inferiores.
A ADADB diz que a ministra «anda para aí a vender a ideia de que o
famoso banco de terras é a solução de todos os problemas», mas
contrapõe que o problema não é falta de terras.
«Os produtores agrícolas abandonam a actividade porque trabalham
arduamente a terra e não tiram o rendimento necessário pelo esforço
que fazem e alguns não aguentaram e tiveram que entrar em
insolvência», remata.
Lusa/SOL
http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=42792

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