sábado, 3 de março de 2012

Assunção Cristas: Portugal irá defender a manutenção de quotas de leite

inShareA ministra da Agricultura, Assunção Cristas, assegurou hoje, em
Angra do Heroísmo, nos Açores, que Portugal "continua a defender a
manutenção das quotas do leite", apesar de reconhecer que existem
poucas hipóteses de isso acontecer.
"Sabemos que é difícil conseguir que isso vá para a frente, porque é
preciso uma maioria qualificada para reverter uma decisão que foi
tomada no passado", frisou, salientando que a defesa das quotas pode
valer mais tarde a Portugal ganhos "na estratégia de uma adaptação
suave", caso se confirme o fim deste regime.

Assunção Cristas falava aos jornalistas no final de uma reunião com o
secretário regional da Agricultura e Florestas, Noé Rodrigues, e com
representantes de associações de produtores locais, no âmbito da
preparação da reforma da Política Agrícola Comum (PAC).
A ministra afirmou que, no caso de não ser possível reverter a
decisão, é importante ter um capital que permita sustentar a
necessidade de Portugal ter apoios específicos para ajudar a uma
transição que "tem de se fazer muito com a diversificação dos produtos
e dos derivados do leite".
Assunção Cristas considerou que ainda é cedo para pensar em medidas de
apoio ao fim das quotas, salientando que Portugal tem tempo até 2015
"para poder negociar e pedir apoios específicos para o setor".
Por seu lado, Noé Rodrigues, secretário regional da Agricultura,
também defendeu que se continue a lutar contra o fim das quotas do
leite, considerando que quem investiu merece ser compensado.
"Sendo difícil, queremos lutar até à última pela manutenção do regime
de quotas, porque ele traz estabilidade ao setor, não só na região
como em toda a Europa", frisou, salientando ser "natural que quem
comprou quota e viu nela um ativo das suas explorações possa agora ser
indemnizado".
Noé Rodrigues considerou ainda que há "uma boa perspetiva de se poder
lutar" por um reforço de verbas do Quadro Comunitário de Apoio, tendo
em conta que "os produtores portugueses estão cerca de 8,5 por cento
abaixo da média dos pagamentos aos agricultores europeus".
O secretário frisou que os acréscimos conseguidos "devem beneficiar os
agricultores açorianos" e que as verbas "deverão ser alocadas ao
programa POSEI".
Diário Digital com Lusa

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=561430

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