terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Algarve: Produtores sofrem quebras avultadas

Geada arruína campos e pasto
O ano agrícola está comprometido no Algarve. Além da precipitação
média estar a metade do que seria normal, e já com um longo período de
ausência total de chuva, a diminuição da humidade do ar e o acentuado
arrefecimento nocturno combinaram-se, sobretudo na primeira quinzena
deste mês, para a ocorrência de geadas negras. Poucas pastagens de
sequeiro subsistiram para a produção pecuária e há elevados prejuízos
nas principais produções vegetais da região.
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Por:Paulo Marcelino
De acordo com uma avaliação feita, este mês, pela Direcção Regional de
Agricultura e Pescas do Algarve, as pastagens definharam e as reservas
de forragem são insuficientes. José Maria, produtor de gado da raça
limousine, perto de Lagos, já teve de vender seis vacas para comprar
feno para as restantes. A sementeira de feno não vingou e as pastagens
têm a erva queimada pela geada. "Se não chover até ao fim de Março,
vou ter de vender tudo" lamenta.

Fernando Severino, director regional de agricultura, admite que "a
cultura do abacate está toda destruída e há zonas na campina de Faro
que perderam toda a cultura de tomate em estufa, por causa da geada".
Paulo Cristina, produtor de tomate, costumava ter uma produção média
de 100 toneladas por hectare. "Este ano, se chegar às 20 toneladas
será bom. Isto é uma catástrofe".
Em Silves, José Sustelo calcula que a produção de laranja tardia
(colhida no Verão) vá sofrer uma quebra de 30 por cento. As reservas
subterrâneas de água ainda permitem combater a falta de chuva, mas a
rega aumenta os custos da produção.
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/portugal/geada-arruina-campos-e-pasto

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