quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

PS: Perplexo com escolhas do governo para CCDRA e EDIA

Regional | 07:00 | 29-02-2012
O PS do Baixo Alentejo está "perplexo" porque o Governo excluíu
qualquer representação da região na estrutura dirigente da CCDRA e da
presidência da EDIA. Os socialistas anunciam ainda a visita de António
José Seguro amanhã a Alqueva.
A Comissão Permanente do Secretariado da Federação do Baixo Alentejo
do Partido Socialista reuniu, no inicio desta semana, e decidiu
manifestar a sua "perplexidade" pelo facto do Governo ter excluído
qualquer representação desta região na nova estrutura dirigente da
CCDRA-Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo.
Pita Ameixa, presidente da Federação do Baixo Alentejo do PS, afirmou
que politicamente trata-se de um sinal da maior gravidade e que
demonstra bem o desprezo a que este Governo tem votado esta região.
Relativamente ao novo presidente da EDIA-Empresa de Desenvolvimento e
Infraestruturas de Alqueva os socialistas fazem questão de salientar
que do currículo divulgado não consta qualquer ligação ao projecto,
qualquer conhecimento da empresa ou da obra, nem nenhuma ligação à
região.

A juntar a isto, afirmam os socialistas, está o tratamento politico
que o Governo tem dispensado a Alqueva e reafirmam que este projecto e
a sua conclusão deve constituir uma prioridade absoluta para a região
e para o País dada a sua capacidade de mudança económica e social e o
seu interesse estratégico. Nesse sentido, é anunciada uma visita de
trabalho do secretário geral do PS, António José Seguro, amanhã a
Alqueva.
Ainda segundo Pita Ameixa a situação de seca com que se debate a
região também vai estar em cima da mesa. Inês Patola
http://www.vozdaplanicie.pt/index.php?q=C/NEWSSHOW/47967

1 comentário:

Anónimo disse...

Estou a ver mal ou o Governo está na prática a romper com a inacreditável tradição dos governos de nomear para os cargos pessoas com vínculo partidário só porque são próximas do seu partido, apostando neste caso em alguém com curriculum (já lá vamos), desvinculado precisamente do status quo actual?
É curioso que quando faz o contrário, quando nomeia alguém da sua confiança para um cargo político, o governo é criticado pelo PS, porque alegadamente segue a lógica (também do PS) de preferir vínculos partidários à competência técnica, mas quando o governo tenta fazer entrar gente nova na política, com provas dadas e independência, o que faz o PS? Não concorda.
Em boa verdade, com excepção das reconduções já feitas de dirigentes antes nomeados pelo PS (prática que no passado passou ao lado do PS), o PS critica sempre, não atingindo que pela primeira vez pode haver quem esteja tentar romper com um dos piores hábitos da classe política em Portugal, substituindo quem tem de ser substituído por gente nova, qualificada e independente, e mantendo quem deve ser mantido nos seus cargos, fazendo na prática o que se faz por esse mundo desenvolvido fora.
Sobre a pessoa em causa, porque sei, o Eng. João Basto tem experiência em multinacionais de grande relevo na área agroalimentar, tem experiência internacional (África, China), formação específica (Eng. Agrónomo, MBA) e experiência dirigente (CEO), o que será mais preciso para dirigir uma empresa pública que tem como função concluir e dinamizar todo o regadio de Alqueva? Não são evidentes as valências que possui para a função?
A classe política vive muito virada sobre si mesma, num roulement de pessoas com curricula e competência duvidosas, com pouco conhecimento da Economia real, repudiando toda e qualquer tentativa de quebra dos esquemas que foram montando, esquemas que invariavelmente se traduzem negativamente nos bolsos de todos nós.
Por tudo isto, bem haja o governo que tenta acabar com os maus hábitos, se seguir assim pode ser que ainda tenhamos futuro.
António Reis Pereira
Lisboa

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