segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Incêndios: Governo antecipa apoios às corporações mais mobilizadas

País vive situação anormal de ocorrências de incêndios

O ministro da Administração Interna anunciou este sábado, na Régua,
que o Governo vai antecipar apoios às corporações de bombeiros que
mais têm sido mobilizadas para a "anormal e excepcional" ocorrência de
incêndios que se tem verificado neste inverno.


25 Fevereiro 2012Nº de votos (0) Comentários (1)

Miguel Macedo inaugurou as obras de requalificação do centenário
quartel dos bombeiros de Peso da Régua, onde foi confrontado com
várias queixas por parte dos dirigentes das corporações de bombeiros.
O país vive uma situação anormal de ocorrências de incêndios, que
encontram no tempo seco condições para se propagarem. Os bombeiros
pedem apoios para as despesas extraordinárias no combate aos fogos
neste inverno.
O ministro fez questão de salientar que o Governo "já tomou uma medida
no imediato".
"Fazermos a antecipação de duodécimos, que no fundo significam o apoio
que do Ministério da Administração Interna (MAI) vai para as
corporações de bombeiros", afirmou Miguel Macedo.
Essa antecipação será feita para as corporações de bombeiros que têm
sido mais mobilizadas para os fogos, referiu.
"No imediato, era isso que podíamos fazer para rapidamente fazer
chegar esse apoio, mas estamos a preparar outras medidas no caso de se
prolongar esta situação anormal do ponto de vista meteorológico",
acrescentou.
Caso isso aconteça, será feita a "mobilização de recursos
extraordinários e excepcionais que existem", disse ainda Miguel
Macedo.
"Não é normal que em Janeiro e Fevereiro haja tantas ocorrências e
ignições como as que aconteceram. Não têm sido coisas de grande
dimensão, mas obrigam a fazer a mobilização do dispositivo e isso
significa gastos e meios que é preciso cobrir em termos financeiros",
sublinhou.
Desde o início do ano, a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC)
registou mais de 3 300 ignições em todo o país, a grande maioria das
quais neste mês de Fevereiro.
De acordo com o ministro, esta semana registou-se uma média de 200
ignições por dia no país.
Os bombeiros queixaram-se das dificuldades financeiras, em grande
parte provocadas por causa do novo sistema de pagamento de transporte
de doentes não urgentes, e salientaram que isto pode levar ao
encerramento de corporações, como o caso de São Mamede de Ribatua, em
Alijó, que fecha definitivamente as portas em Março.
Miguel Macedo aproveitou a deixa para defender "uma maior
racionalidade". A corporação de São Mamede de Ribatua é uma das seis
que existem no concelho de Alijó.
"Não estou a dizer que alguém é dispensável, pelo contrário, são todos
absolutamente precisos. A questão é saber se devemos ter seis corpos
de bombeiros em Alijó".
O ministro fez questão de salientar que não é o MAI que abre ou fecha
corporações.
"O que é preciso é que o país tenha um conjunto de critérios de
avaliação dos riscos em cada município e que o financiamento para a
cobertura do sistema necessário à cobertura desses riscos seja
completamente objectivo", frisou.
Por isso acrescentou, em alguns casos, onde existam porventura
estruturas a mais, terá que ser feito um "esforço de cooperação, de
racionalidade e de junção dessas estruturas".
Miguel Macedo fez questão de salientar que, em 2011, o MAI "não ficou
a dever um cêntimo aos bombeiros" e que não houve cortes no sector da
Protecção Civil.

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/portugal/incendios-governo-antecipa-apoios-as-corporacoes-mais-mobilizadas

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