domingo, 7 de abril de 2013

Alentejo: Prejuízos nos arrozais podem ultrapassar os 3 M€

A inundação dos arrozais do Alentejo está a atrasar a preparação das
sementeiras, segundo o presidente da Associação de Orizicultores de
Portugal (AOP), que estima os prejuízos em mais de três milhões de
euros.

Nesta altura, a preparação dos terrenos "já deveria estar bastante
avançada", disse hoje à agência Lusa João Reis Mendes, observando que,
com as terras alagadas, "as máquinas não podem entrar".

Tal só poderá acontecer, na maioria dos casos, "depois de as águas
escoarem e as terras enxugarem durante um período sem chuva de pelo
menos três a quatro semanas", o que irá atirar a sementeira para
Junho, já "fora da época".

O dirigente prevê também que a preparação dos terrenos venha a ser
"menos adequada, por haver menos tempo", condicionalismos que deverão
ditar "uma quebra de produção de 15% na altura da colheita".

A inundação das terras provocada pelas chuvadas das últimas semanas
originou, por outro lado, a destruição de infraestruturas
"indispensáveis" ao cultivo do arroz, "que terão de ser repostas antes
da sementeira", o que constitui "um custo acrescido" para os
produtores.

O presidente da AOP, com sede em Alcácer do Sal, manifestou
dificuldade em fazer uma avaliação dos prejuízos para os 515
orizicultores da bacia do Sado, mas avançou que "poderão ultrapassar
três milhões de euros".

Cerca de 80% dos 9.500 hectares de cultivo de arroz nesta zona deverão
estar afectados pelas cheias, estimou João Mendes Reis, uma situação
agravada pelas descargas das barragens que atingiram os níveis máximos
de armazenamento de água.

"A maioria das áreas de arroz situa-se em zonas de aluvião de baixa
altitude e, portanto, serão todas afectadas por inundações da bacia
hidrográfica do Sado", indicou o representante dos produtores.

O responsável, que é também dirigente do Agrupamento de Produtores de
Arroz do Vale do Sado (Aparroz), defendeu que o Ministério da
Agricultura deve "conceder um apoio à reconstituição ou reposição do
potencial produtivo das explorações afectadas", através dos fundos do
Programa de Desenvolvimento Rural (ProDeR).

Fonte: Lusa

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/04/07.htm

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