12-04-2013
O ministro francês da Agricultura, Stephane Le Foll, apesar das
intenções de mediação para conseguir que a indústria e a distribuição
possam negociar um preço em alta para o leite a reverter para o
pecuário, esta subida não chega.
Em resposta a uma convocatória da maior organização francesa agrícola,
a FNSEA, 80 dos 101 departamentos franceses decidiram apoiar uma
manifestação por toda a França, a reclamarem o aumento imediato do
preço do leite de dois a três cêntimos o litro.
Segundo os cálculos da FNSEA, uma subida ao produtor de três cêntimos,
traduzia-se a um aumento de dois cêntimos por litro de leite UHT, seis
cêntimos por 200 gramas de queijo e 1,3 cêntimos num pack de quatro
iogurtes.
O presidente da FNSEA, Xavier Beulin, não se mostrou nada favorável à
proposta lançada esta semana pelo presidente da cadeia de distribuição
Leclerc, relacionada com a criação de um fundo de urgência de 180
milhões de euros destinados aos pecuários. O responsável considera que
a mesma poderá acabar com a iniciativa de subir o preço solicitado
pelos produtores.
No Reino Unido, também a organização agrícola Farmers For Action
ameaçou com protestos, não para que o preço do leite aumente mas
porque defende uma descida.
A imprensa britânica anunciou que a cooperativa de pecuários de leite
First Milk estuda a possibilidade de aplicar reduções nos preços aos
produtores que entreguem leite para a produção e queijo, a não ser que
este aumente de preço.
De acordo com algumas informações, a margem bruta do queijo da
distribuição ultrapassa os 40 por cento. Embora a cooperativa não
tenha confirmado oficialmente, estima-se uma descida de 2,3 cêntimos,
sendo que, 1.450 milhões de litros processados, entre 35 a 40 por
cento destinam-se ao queijo.
Os pecuários britânicos pedem que uma subida de 2,3 cêntimos seja já
aplicada no leite entregue em Maio.
Fonte. Agrodigital
http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia45143.aspx
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