Campos alagados matam culturas
De Norte a Sul, os agricultores somam prejuízos devido ao mau tempo.
De Abrantes a Vila Franca de Xira, rio Tejo abaixo, há centenas de
agricultores que perderam culturas inteiras nestas cheias fora de
época. Com os campos da lezíria alagados, não é possível ter ainda uma
ideia concreta dos prejuízos, mas as associações do setor garantem que
poderão ascender ao milhão de euros.
08 de Abril, 01h00
Nº de votos (3)
Comentários (5)
Por:João Nuno Pepino/H.S./M.B./J.S.
Na bacia do Sado é também altura de somar as perdas. João Reis Mendes,
presidente da Associação de Orizicultores de Portugal, manifestou
dificuldade em fazer uma avaliação dos prejuízos para os 515
agricultores, mas avançou que "poderão ultrapassar três milhões de
euros".
Em Alpiarça, Rosário Fernandes ficou sem nada do que tinha semeado há
poucas semanas: ervilhas, favas, couves e feijão. "Nem os cheguei a
provar", disse a agricultora, que, além do que cultiva para consumo
próprio, vende parte da produção no mercado.
Para os grandes produtores, as perdas estão não só nas culturas de
inverno mas também nos atrasos que as cheias vão provocar nas
sementeiras da primavera. "A cheia veio fora de tempo e prejudicou
ainda mais os agricultores, que vão ter que esperar que os terrenos
fiquem secos para semear milho, tomate ou melão", explicou Amândio
Freitas, da Federação dos Agricultores do Distrito de Santarém. A
Norte, na Póvoa de Varzim, 250 horticultores afetados pelo mau tempo
de janeiro ainda esperam as indemnizações prometidas pelo Estado, que
cobrirão 75% dos cerca de cinco milhões de prejuízos. E muitos, conta
Carlos Alberto Lino, presidente da Associação de Horticultores,
veem-se agora a braços com mais culturas estragadas.
No Ribatejo, os caudais do Tejo e afluentes começaram ontem a
normalizar. A montante, a água baixou vi- sivelmente; a jusante deve
começar a notar-se hoje o decréscimo.
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/atualidade/campos-alagados-matam-culturas
Sem comentários:
Enviar um comentário