sábado, 13 de abril de 2013

Portugueses finalistas com método que aumenta cortiça

PRÉMIO EUROPEU DO INVENTOR


por Lusa, texto publicado por Paula Mourato10 abril 20131 comentário

Um grupo de investigadores portugueses descobriu um tratamento para a
cortiça que aumenta o seu volume, utilizando micro-ondas, um método
amigo do ambiente finalista no Prémio Europeu do Inventor.

Helena Pereira, investigadora do Centro de Estudos Florestais do
Instituto Superior de Agronomia, da Universidade Técnica de Lisboa
coordenou o trabalho, desenvolvido em conjunto com a empresa Amorim.

A investigadora disse hoje à agência Lusa que esta inovação "é um
processo de tratamento utilizando micro-ondas para fazer basicamente
uma expansão da cortiça", depois da sua extração e da chegada à
fábrica.

O projeto, "exemplo de colaboração entre a universidade e as
empresas", está no grupo dos três finalistas do Prémio Europeu do
Inventor, um feito inédito entre portugueses que "já é uma grande
honra", salientou a cientista.

Os vencedores do Prémio serão anunciados pelo Instituto Europeu de
Patentes (EPO) numa cerimónia que terá lugar a 28 de maio, em
Amesterdão.

A equipa de cientistas descobriu que a cortiça, humedecida com água e
exposta a radiação de micro-ondas, pode expandir-se de 40% até 85% do
seu tamanho original.

"Normalmente a cortiça é granulada e é no granulado que é feito o
tratamento, antes do resto do processo para chegar ao produto final",
referiu Helena Pereira.

O tratamento "permite aumentar o volume da cortiça, ou seja, aumenta a
quantidade de matéria prima, o que tem como consequência a diminuição
do custo de produção", como "se tivesse pelo mesmo preço mais matéria
prima", salientou.

Por outro lado, a investigadora realçou tratar-se de um processo
"amigo do ambiente" pois não utiliza produtos químicos.

A equipa de cientistas portugueses foi nomeada para o Prémio Europeu
do Inventor de 2013 na categoria de "indústria".

A cortiça, obtida da casca do sobreiro que tem de crescer nove anos
para ser colhida, é usada em vários produtos incluindo rolhas para as
garrafas de vinho, solas de sapatos, malas, carteiras, pavimentos e
para isolamento.

http://www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=3157179&page=-1

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