Azeite
A crítica mensal do especilaista da VISÃO José António Salvador
0:00 Quinta feira, 27 de Out de 2011
Há um percurso paralelo entre o azeite e o vinho desde há milénios,
que se mantém na época moderna. Portugal foi nos anos 50 e 60 do
século passado autossuficiente em azeite, quando o consumo anual per
capita era de dez litros; nas décadas seguintes, graças aos conselhos
médicos que à época reprovavam o uso do azeite e à má qualidade do
mesmo, então vendido a granel, o consumo anual baixou para três litros
per capita com o consequente decréscimo acentuado da sua produção.
Portugal passou, por isso, a importar azeite como ainda hoje acontece.
Mas, refere agora o professor José Baptista Gouveia (in "enovitis,
olevitis" de 10 de março de 2011), a situação alterou-se nesta
primeira década do séc. XXI com o crescimento significativo da área de
olival no nosso país, que nos levará em breve a recuperar a
autossuficiência perdida.
Para este especialista, a melhoria de
qualidade dos azeites portugueses foi determinante ao lembrar: "O
azeite é em tudo idêntico ao vinho, desde o campo até à
comercialização. A diferença está no atraso.
Aquilo que tínhamos no vinho (em Portugal) há 20 anos só agora
começamos a ter no azeite." Dito de outro modo, o olival tal como a
vinha, é hoje mais cuidado; a apanha da azeitona, tal como a das uvas,
é determinada pela sua maturação e de imediato levada para o lagar; e,
não menos importante, a comercialização do produto é feita em
embalagem adequada, procedimentos recentes dos oliviticultores. Assim,
desde o olival ao prato do consumidor, tudo é executado com rigor
técnico para garantir o máximo de qualidade.
José Baptista Gouveia é um entusiasta e defensor da variedade
Cobrançosa pelas suas vantagens no cultivo e por dar azeite de "muito
boa qualidade" como confirmamos em prova e consumo caseiros.
http://aeiou.visao.pt/as-azeitonas-cobrancosa-dao-excelentes-azeites=f629652#ixzz1byZSdlyl
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