terça-feira, 25 de outubro de 2011

Douro: PSD defende avaliação profunda do modelo institucional da região demarcada

24-10-2011

Os deputados do PSD defendem que é urgente proceder a uma avaliação
profunda do modelo institucional da Região Demarcada do Douro e a
tomada de medidas para a sustentabilidade financeira das principais
organizações do sector vitivinícola.
Nesse sentido, o grupo parlamentar social-democrata apresentou na
Assembleia da República (AR) um projecto de resolução para a mais
antiga região demarcada do mundo. O PSD quer que seja promovida «uma
ampla discussão no Douro com todos os intervenientes assegurando o
papel de cada interveniente, cabendo ao Estado apenas a função de
regulador e fiscalizador do sector».

Os sociais-democratas defendem a reavaliação da missão, organização e
representatividade do Conselho Interprofissional do Instituto dos
Vinhos do Douro e Porto (IVDP), no sentido de assegurar um «justo
equilíbrio entre a produção e o comércio e reforçar as competências
desta estrutura associativa na promoção e competitividade do senhor
vitivinícola da região duriense».
Querem ainda que o Governo promova uma análise da actual matriz
institucional da Casa do Douro «de forma a eliminar quaisquer
conflitos com as competências de supervisão próprias» do IVDP.
O projecto de resolução prevê uma alteração ao código cooperativo para
uma melhor adaptação das cooperativas à realidade agrícola duriense.
De acordo com a União das Adegas Corporativas da Região Demarcada do
Douro (UNIDOURO), o sector possui um endividamento de cerca de 270
milhões de euros.
O PSD defende ainda uma aposta na promoção e divulgação externa dos
vinhos de Denominações de Origem Porto e Douro e indicação Geográfica
Duriense e a elaboração de um Programa Estratégico de Sustentabilidade
para Região Demarcada do Douro.
No documento apresentado na AR, os sociais-democratas enumeram alguns
dos problemas que atingem este território, nomeadamente quanto aos
procedimentos de legalização de vinhas, redução progressiva do
benefício, quantidade de vinho do Douro que cada lavrador ou empresa
pode anualmente transformar em vinho do Porto, baixas dos preços à
produção as dificuldades financeiras das cooperativas e as
indefinições quanto ao futuro da Casa do Douro.
Em 10 anos, o benefício foi reduzido em 45 por cento, de 145 mil pipas
em 2001 para as 85 mil em 2011
Fonte: Lusa
http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia42286.aspx

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