As exportações de vinhos portugueses para a China aumentaram 93% em
2010, para 4,3 milhões de euros, e este ano deverão subir ainda mais.
12:57 Quinta feira, 27 de outubro de 2011
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D.R.
"A China, é de longe, o mercado que está a crescer mais depressa. Há
dois anos, a China não figurava sequer nos trinta primeiros lugares.
Neste momento é o 18º", realçou à agência Lusa, Miguel Nora, gestor da
Vini Portugal para a Europa e Ásia.
O crescimento reflecte-se na "Grande Prova de Vinhos Portugueses"
realizada hoje num hotel do centro de Pequim, com um "número recorde"
de produtores e de marcas: 28 e 300, respetivamente.
Foi também "a mais concorrida" das quatro que a Vini Portugal já
organizou na capital chinesa, desde 2008, e o ponto de partida para
uma campanha de promoção que incluirá ainda Xangai, Hong Kong e, pela
primeira vez, Cantão.
"Tivemos aqui mais de 200 profissionais da região de Pequim, o que
excedeu largamente a nossa expectativa", disse Miguel Nora.
Vinho português nos mercados internacionais
Pelas contas da Vini Portugal, que não incluem os vinhos do Porto e
Madeira, no primeiro semestre deste ano as exportações de vinhos
portugueses para o continente chinês (excluindo Macau e Hong Kong)
aumentaram "mais de 80%" em relação a igual período de 2010, somando
2,6 milhões de euros.
O aumento das vendas para a China foi quase sete vezes superior à
subida média das exportações durante aquele período (12,7%)."Este
mercado está a crescer a uma velocidade tal que em 2012, a China será
mesmo uma das três prioridades externas da Vini Portugal, a seguir aos
Estados Unidos e ao Brasil", indicou Miguel Nora. "A quota de Portugal
ainda é pequena, mas está a aumentar", acrescentou.
Os maiores clientes dos vinhos portugueses continuam a ser Angola,
França e o Reino Unido. A China, entretanto, também está a aumentar a
sua produção vinícola, com a ajuda de enólogos europeus, e já integra
a lista dos dez maiores do mundo, à frente de Portugal mas, para os
padrões europeus, o consumo chinês per capita é ainda insignificante:
menos de dois litros por ano, contra cerca de 40 litros em Portugal.
Exportações aumentam, consumo interno diminui
O aumento das exportações dos produtores portugueses compensa o
declínio do consumo interno: "As vendas em Portugal, este ano, têm
diminuído um pouco e daí a necessidade da
internacionalização",observou Miguel Nora.
Portugal, em chinês, diz-se "Pu Tao Ya", expressão muito parecida com
vinho ("Pu Tao Jiu"), mas, para o responsável da ViniPortugal, essa
afinidade, só por si, não chega e a concorrência - dos tradicionais
gigantes do sector (França, Itália e Espanha) e dos novos produtores
(Chile, Austrália e Nova Zelândia, entre outros) - é grande.
"A China é um mercado que tem as suas dificuldades próprias e em que
temos de continuar a investir. Os chineses que começam a apreciar um
bom vinho são jovens e, por isso, estamos também a fazer um
investimento para o futuro", salientou Miguel Nora.
http://aeiou.expresso.pt/exportacoes-de-vinho-para-a-china-aumentaram-93=f683682#ixzz1c12rNehC
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