terça-feira, 29 de novembro de 2011

Cozinha portuguesa deve candidatar-se a patrimómio da humanidade

28-11-2011

O 1.º Congresso Internacional de Gastronomia e Vinhos do Porto e Norte
de Portugal terminou em Matosinhos e uma das propostas que ali foram
feitas foi a da «candidatura da cozinha portuguesa a património da
humanidade».
A ideia partiu do antigo presidente da Região de Turismo do Alto Minho
e estudioso da gastronomia regional, Francisco Sampaio, que deu como
exemplo a candidatura francesa, que avançou em 16 de Novembro de 2010.
A entidade regional Turismo Porto e Norte de Portugal, que organizou
este primeiro congresso, está «disponível para liderar" uma eventual
candidatura junto da Organização das Nações Unidas para a Educação
Ciência e Cultura (UNESCO), disse o seu presidente, Melchior Moreira,
à Agência Lusa.

Francisco Sampaio defendeu uma cozinha sustentada pelo 'terroir',
termo francês que designa «um território, mas com alma», combinando
certas aptidões agrícolas com tradições culturais específicas,
incluindo-se nestas receitas gastronómicas locais.
O especialista salientou ainda que a «memória, antiguidade,
autenticidade, singularidade e exemplaridade» são os valores que devem
estar presentes numa candidatura deste tipo, para melhor diferenciar a
cozinha portuguesa das de outros países.
Para este projecto avançar, será fundamental o auxílio da «federação
das confrarias gastronómicas», dado haver já um importante trabalho
feito por estas, considerou também.
Assim, juntamente com os municípios, será possível apontar uma data
que poderia ser combinada com a UNESCO, para que a candidatura
portuguesa possa ter sucesso.
No Congresso, que decorreu durante dois dias na Exponor, foi
salientado por diversos oradores que a gastronomia é um «factor
diferenciador da oferta turística», na medida em que «a mesa atrai as
pessoas».
A gastronomia portuguesa foi apontada como «um dos mais importantes
patrimónios nacionais», hoje apreciada e divulgada em todo o mundo, e
desde o ano de 2000 classificada como fazendo parte do «património
cultural» português, embora pouco divulgada como tal.
Fonte: Lusa
http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia42555.aspx

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