31 de maio de 2011 • 16h07 • atualizado às 17h32
França está vivendo a primavera mais quente desde início do século XX
e a mais seca dos últimos 50 anos, segundo um estudo preliminar
publicado pelo "Météo France" nesta terça-feira, coincidindo com o
comunicado do governo sobre a situação de seca em todo o país. As
temperaturas médias na França nos meses de março, abril e maio
estiveram 2,6°C acima da média do período de referência 1971-2000 e
superior aos recordes anteriores, de 2007 (2,1°C acima da média) e de
2003 (1,8°C a mais), explicou o "Météo France" em seu relatório.
O resultado foi particularmente pronunciado no caso das máximas do dia
com uma diferença de 3,8 graus em relação à média, enquanto que com as
mínimas durante a noite se limitou a 1,4°C. No que diz respeito à
seca, o volume de precipitação nesses três meses foi de apenas 45% da
média. Nos últimos 50 anos, as primaveras com menos chuvas tinham sido
as de 1976 (54% do habitual) e 1997 ( 60%).
O déficit de precipitações na França foi particularmente marcado no
norte e no oeste do país, enquanto na região de Languedoc Roussillon e
no leste da ilha da Córsega choveu mais que o normal. De fato, o
número de horas de sol atingiu recordes na parte setentrional. Por
meses, a temperatura em março foi 1,2 graus superior à normal, com 76%
da precipitação.
Em abril a diferença de temperatura foi de 4 graus em comparação com o
período de referência (só superado pelo mesmo mês de 2007, com +4,3
graus) e com 29% da precipitação média. O período mais quente deste
ano foi o mês de maio, com uma diferença de 2,6 graus comparado com a
média e cerca de 30% da chuva habitual nesse mês.
O ministro da Agricultura, Bruno Le Maire, considerou que a situação
de seca, que se aplica a "todo o território", é comparável à de 1976 -
que ficou na memória - e anunciou a ativação do Fundo de Calamidades
Agrícolas para a indenização dos afetados, algo que custará "várias
centenas de milhões de euros". Le Maire, em entrevista coletiva,
assinalou que os responsáveis desse fundo se reunirão em 15 de junho
para estipular as condições de indenização aos criadores de gado, que
foram prejudicados.
O ministro indicou igualmente que os bancos aceitaram pôr à disposição
do setor 700 milhões de euros de créditos garantidos e um adiamento no
reembolso dos empréstimos.
http://noticias.terra.com.br/noticias/0,,OI5159613-EI188,00-Franca+enfrenta+primavera+mais+quente+desde+inicio+do+seculo+XX.html
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