sábado, 4 de junho de 2011

Governo aconselha portugueses a comer saladas

2011-06-02
A bactéria E.coli está a assustar os portugueses que evitam as
saladas, muito consumidas nesta altura do ano, principalmente nas
festas populares, mas o Governo aconselha o consumo, embora recorde os
cuidados a ter na sua preparação.
A desconfiança entre os consumidores, depois das informações a dar
conta de vários casos de pessoas doentes devido à bactéria Escherichia
coli (E.coli), que já provocou 18 mortos na Europa, reflecte-se no
comércio de vegetais.

As quebras nas vendas de pepino já atingem 80%, enquanto no tomate é
de 20%, levando os produtores a enfrentar prejuízos de cerca de dois
milhões de euros, na última semana.
Portugal tem "um sistema que garante elevados níveis de segurança
relativamente à produção nacional" de vegetais, garantiu à agência
Lusa o secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Rui
Barreiro.
Aliás, "temos uma produção nacional que é das melhores do mundo", por
isso, os produtos frescos devem continuar a ser consumidos porque os
benefícios para a saúde são elevados, acrescentou.
Também o ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas,
António Serrano, quis transmitir aos portugueses que "todos estes
produtos hortícolas são de qualidade e cumprem todos os requisitos de
segurança alimentar, não oferecem perigo".
As autoridades, como a Direcção-Geral da Saúde (DGS) ou a Autoridade
de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) estão a acompanhar a
situação e "não detectaram qualquer anomalia", assegurou.
"Estamos num período áureo das saladas, com as festas populares, e
nesta altura o pepino, o tomate e a alface são componentes essenciais"
das refeições, referiu o secretário de Estado.
"É preciso termos a noção de que o alarme que existiu deve ser contido
e devemos ter algum incentivo a que as pessoas mantenham os seus
hábitos alimentares. Devem ter cuidados no manuseamento e na lavagem
das saladas, que devem existir sempre", disse Rui Barreiro.
Na União Europeia está instituído um sistema de alerta de forma a que
os países tenham conhecimento dos problemas que existem nas áreas da
sanidade animal e vegetal e possam definir medidas, caso seja
necessário.
Em Portugal, um organismo recebe os alertas, tal como nos outros
países, e quando há um produto com problemas para a saúde pública é
accionado o sistema para que as autoridades possam averiguar se existe
no mercado e retirá-lo.
Por outro lado, os produtos alimentares têm um sistema de
identificação que permite fazer a sua rastreabilidade, ou seja,
determinar onde foi produzido, transformado e o percurso que seguiu um
lote de produtos.
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1868333&page=-1

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