quarta-feira, 1 de junho de 2011

OMAIAA: Presidente afirma que portugueses devem continuar a consumir pepino e legumes

A presidente do OMAIAA, Maria Antónia Figueiredo, apela aos
portugueses para que continuem a consumir pepino e outros legumes,
considerando que o rastreio ao mercado hortícola é muito rigoroso.
«Sabemos que ao nível dos produtos hortícolas e frutas há um grande
rigor na rastreabilidade, no acompanhar do produto da produção ao
consumidor», afirmou à agência Lusa Maria Antónia Figueiredo.
Isso significa que é possível identificar todo o processo por onde
passam os alimentos: quais as sementes cultivadas, qual o produtor,
qual o lote de terra, quem embalou, quem armazenou e qual o circuito
até chegar aos mercados.

Aliás, para a presidente do Observatório dos Mercados Agrícolas e das
Importações Agro-Alimentares (OMAIAA) este processo é essencial para
que a Comissão Europeia chegue a uma conclusão sobre a origem da
bactéria, da contaminação. «As bactérias podem estar nos alimentos por
vários motivos: porque estão no produto ou por manuseamento, passando
de um produto para outro».
Aliás, Maria Antónia Figueiredo lembra que o local onde os produtos
estão armazenados pode também ser uma fonte potencial de problemas,
dando a ideia de que neste caso a chave do problema pode residir no
armazenamento ou manuseamento.
«Com certeza que não devem ter ido só para aquele mercado. Espanha é
uma grande produtora de hortícolas, é estranho que o problema esteja
focalizado apenas num determinado sítio», comentou.
O Observatório assegura que Portugal não tem recorrido ultimamente a
importações de pepinos de Espanha, até porque o país o produz em
quantidades suficientes para as necessidades, mas adianta que com um
mercado aberto é sempre possível fazê-lo.
«Não devemos entrar em paranóia, como se diz em português», afirma a
responsável, lembrando que a Autoridade de Segurança Alimentar e
Económica (ASAE) tem estado a fiscalizar os locais de venda e de
armazenagem e que «em Portugal a situação está a ser acompanhada».
Maria António Figueiredo apela a que esta situação não seja um motivo
para «deixar de consumir hortícolas, necessárias à qualidade de vida».
Centenas de pessoas foram contaminadas por uma variante da bactéria
Escherichia coli, registando-se na Alemanha um total de 1.200 casos,
entre suspeitos e confirmados. Há pelo menos 14 mortos.
A Alemanha afirmou, quando a crise surgiu, que os pepinos que terão
causado a infecção terão tido origem em Espanha o que levou países
como a Áustria, a Bélgica e a Rússia a fechar a porta a vários
produtos espanhóis. A bactéria Escherichia coli está geralmente
presente nos intestinos dos animais.
Segundo o especialista em saúde pública Mário Durval, a estirpe em
causa da bactéria produz toxinas que podem levar ao rebentamento dos
glóbulos vermelhos, deixando de haver coagulação do sangue eficaz e
fazendo-o sair pelos rins, bloqueando-os, explicou. O período de
incubação da doença pode ir dos três aos oito dias.
O perito alerta que não há possibilidade de contágio directo, como
numa gripe ou síndrome respiratório, em que há riscos de infecção
pessoa a pessoa, especificando que «tem de haver consumo ou contacto
com fezes».
Fonte: Lusa
http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2011/06/01k.htm

Sem comentários:

Enviar um comentário