Lisboa, 01 jun (Lusa) - As autoridades portuguesas de saúde e de
segurança alimentar estão a "seguir atentamente" o surto de infeções
causado pela bactéria e.coli e a cooperar com instituições nacionais e
internacionais, nomeadamente a Comissão Europeia, anunciou hoje o
Ministério da Agricultura.
"Na sequência da recente notificação das autoridades alemãs
respeitante aos casos de síndroma hemolítica-urémica como complicação
de gastrenterite aguda provocada por uma bactéria - Escherichia coli
(produtora de toxina enterohemorrágica) - ocorridos na região do norte
da Alemanha, identificaram-se vários casos noutros países europeus, em
indivíduos com história recente de viagem ao norte da Alemanha",
adianta em comunicado o Ministério da Agricultura.
Contudo, em Portugal "não há conhecimento de qualquer caso suspeito de
infeção" pela bactéria Escherichia coli, salienta o Ministério da
Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas (MADRP), citando as
autoridades de saúde portuguesas.
As autoridades alemãs admitem como fonte provável do surto a ingestão
de legumes e vegetais crus contaminados por aquela bactéria, mas não
se confirmou que a origem da contaminação tenha sido os pepinos
provenientes de Espanha.
"Uma vez que ainda não há resultados conclusivos, a investigação
epidemiológica prossegue, a fim de poder ser estabelecida a fonte da
infeção e fundamentada a relação causa-efeito entre o consumo de
determinados alimentos e a ocorrência da doença", adianta o
ministério.
Fonte do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) revelou
hoje à agência Lusa que várias amostras de pepinos portugueses
começaram hoje a ser analisadas.
As análises em questão visam detetar a presença da bactéria
Escherichia coli enterohemorrágica, que já fez 16 vítimas mortais.
Segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS), a doença transmite-se
principalmente através da ingestão de alimentos contaminados com fezes
de ruminantes e transmissão direta pessoa a pessoa, podendo também
ocorrer em comunidades fechadas.
Os sintomas da doença são enterite aguda, com febre, vómitos, dor
abdominal e diarreia sanguinolenta, refere a DGS, adiantando que o
período de incubação é de três a oito dias.
HN(SMM)
Lusa/Fim
http://sicnoticias.sapo.pt/Lusa/2011/06/01/e.coli-autoridades-portuguesas-estao-a-cooperar-com-instituicoes-internacionais---ministerio-da-agricultura
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